Sandra Day O’Connor, primeira mulher a ocupar uma cadeira na Suprema Corte, faleceu aos 93 anos na sexta-feira, deixando um legado marcante. Segundo comunicado do tribunal, sua morte foi resultado de complicações relacionadas à demência avançada e uma doença respiratória.
Legado de uma pioneira
O’Connor foi elogiada por ser uma pioneira histórica e uma defensora independente do estado de direito pelo presidente do tribunal, John Roberts. Suas colegas juízas também destacaram sua contribuição, com Sonia Sotomayor a chamando de heroína americana e Elena Kagan descrevendo seu tempo no tribunal como transcendente e inspirador.
Decisões controversas
Durante sua carreira, que abrangeu mais de uma geração, O’Connor era conhecida como a juíza decisiva em casos controversos. Embora tenha sido criticada por sua falta de uma filosofia judicial consistente, muitos apreciavam sua abordagem prática e moderada. Ela apoiou tanto os juízes conservadores quanto liberais em questões variadas, desde direitos ao aborto até a separação entre igreja e estado.
Reversão do legado
Recentemente, o legado de O’Connor foi comprometido pela inclinação conservadora da Suprema Corte, que limitou os direitos ao aborto e restringiu considerações raciais nas admissões universitárias. Isso destaca como sua abordagem moderada pertencia a uma época diferente.
Arrependimento e críticas
Sua reputação sofreu quando ela apoiou os juízes conservadores na polêmica decisão Bush v. Gore em 2000. Mais tarde, ela expressou arrependimento por essa decisão e acreditava que o tribunal deveria ter evitado a questão da contagem de votos na Flórida.
O’Connor também enfrentou críticas ao anunciar sua aposentadoria em 2005, permitindo que o presidente George W. Bush nomeasse o juiz Samuel Alito, mais agressivamente conservador. Alito acabou desempenhando um papel na reversão do histórico caso sobre os direitos ao aborto Roe v. Wade.
Uma vida de conquistas
Nascida e criada em um rancho no Arizona, O’Connor se tornou a primeira mulher líder majoritária no Senado estadual antes de ser nomeada para a Suprema Corte por Ronald Reagan em 1981. Embora tenha inicialmente parecido conservadora durante sua audiência de confirmação, ela posteriormente apoiou os direitos ao aborto como parte da maioria do tribunal.
Enfrentando intenso escrutínio como a primeira mulher na Suprema Corte, O’Connor reconheceu que era emocionante ocupar essa posição, mas também sentia a pressão de não fracassar para não prejudicar as mulheres futuras.
O fim de uma era
Sete anos após ingressar no tribunal, O’Connor passou por uma cirurgia de câncer de mama, o que alimentou ainda mais seu desejo de ter um impacto positivo em sua carreira jurídica. Sua morte marca o fim de uma era e é um lembrete do legado duradouro deixado por essa pioneira mulher na história jurídica dos Estados Unidos.
Notícia |
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A renomada jurista Sandra Day O’Connor faleceu aos 93 anos na sexta-feira, deixando um legado como a primeira mulher a servir na Suprema Corte. |
Sua morte foi decorrente de complicações relacionadas à demência avançada e uma doença respiratória. |
O’Connor foi descrita como uma pioneira histórica e defensora independente do estado de direito pelo presidente do tribunal, John Roberts. |
Seus colegas juízes também elogiaram sua contribuição, com a juíza Sonia Sotomayor chamando-a de heroína americana e Elena Kagan descrevendo seu tempo no tribunal como transcendente e inspirador. |
Durante sua carreira, O’Connor era conhecida como a juíza decisiva em casos controversos. |
Muitos apreciavam sua abordagem prática e moderadora, apoiando tanto os juízes conservadores quanto liberais em questões variadas. |
Recentemente, o legado de O’Connor ficou comprometido pela inclinação conservadora da Suprema Corte, que encerrou direitos ao aborto e limitou considerações raciais nas admissões universitárias. |
Sua reputação sofreu quando ela apoiou os juízes conservadores na polêmica decisão Bush v. Gore em 2000. |
O’Connor enfrentou críticas ao anunciar sua aposentadoria em 2005, permitindo que o presidente George W. Bush nomeasse o juiz Samuel Alito, mais agressivamente conservador. |
Nascida e criada em um rancho no Arizona, O’Connor se tornou a primeira mulher líder majoritária no Senado estadual antes de ser nomeada para a Suprema Corte por Ronald Reagan em 1981. |
Enfrentando intenso escrutínio como a primeira mulher na Suprema Corte, O’Connor reconheceu que era emocionante ocupar essa posição, mas também sentia a pressão de não fracassar para não prejudicar as mulheres futuras. |
Sua morte marca o fim de uma era e um lembrete do legado duradouro deixado por essa pioneira mulher na história jurídica dos Estados Unidos. |
Com informações do site CNN.