Pilares Sustentam Putin: Repressão, Economia e Nacionalismo

Pilares que sustentam o governo de Putin são repressão, economia e nacionalismo, afirma especialista

No atual cenário político da Rússia, o presidente Vladimir Putin se apoia em três pilares fundamentais. Estes pilares incluem um sistema repressivo poderoso, a manutenção de uma estabilidade econômica aparente e um intenso sentimento nacionalista que alimenta conflitos com o Ocidente e apoia a guerra na Ucrânia.

Especialista destaca formas de repressão e falta de democracia nas eleições russas

Mesmo diante desses elementos arraigados, Putin busca conferir certa legitimidade democrática às eleições presidenciais em curso. No entanto, especialistas como o cientista político Vicente Ferraro, da FGV, destacam as inúmeras formas de repressão contra qualquer forma de oposição genuína ao governo.

Quando questionado sobre a existência de uma oposição real nessas eleições, Ferraro distingue entre duas formas de dissidência: a sistêmica e a não sistêmica. A primeira é tolerada pelo regime, mas tende a apoiá-lo na maioria das questões importantes, como evidenciado pelo posicionamento favorável à guerra na Ucrânia. Já a dissidência não sistêmica desafia ativamente o governo e enfrenta intensa perseguição, exemplificada pela trajetória de Alexei Navalny.

Perseguição à dissidência

Essa perseguição à dissidência não sistêmica assume diferentes formas ao longo do tempo. Durante períodos eleitorais, como o atual, ela se intensifica significativamente. Mecanismos de controle midiático estatal são amplificados para garantir que apenas mensagens favoráveis a Putin cheguem à população. Há censura de mídias independentes e restrições à liberdade de expressão nas redes sociais. Além disso, leis rigorosas limitam manifestações públicas e criminalizam protestos pacíficos sem autorização prévia.

Em suma, a estrutura de poder criada por Putin se baseia em uma combinação devastadora de repressão interna e propaganda intensiva para manter seu domínio sobre a sociedade russa. Nesse cenário político complexo, as eleições servem mais como um exercício superficial de democracia do que como um mecanismo efetivo para representar os interesses divergentes da população russa. A viabilização desta fachada democrática destaca as contradições profundas presentes no regime autoritário russo sob liderança de Putin.

Com informações do site InfoMoney.