Senado da Argentina rejeita Decreto de Emergência 70/2023 proposto por presidente Milei
Na noite de quinta-feira (14), o Senado argentino votou contra o Decreto de Emergência 70/2023, conhecido como “decretaço”, sugerido pelo presidente Javier Milei. Com 42 votos contrários e 25 a favor, além de quatro abstenções, a proposta que visa desregulamentar a economia foi rejeitada.
Durante o extenso debate que durou mais de sete horas, críticas à pressa na avaliação do decreto e acusações de obstrução por parte da oposição foram proferidas. Caso a Câmara dos Deputados também vote contra, as medidas serão anuladas, representando uma derrota significativa para Milei em seus primeiros meses de mandato.
Posicionamento Peronista e Ameaças de Milei
José Mayans, líder do bloco peronista União pela Pátria, defende que Milei respeite a Constituição e a separação dos poderes ao impor medidas sem consulta prévia ao Congresso. Com 33 votos contrários ao decreto, sua anulação foi garantida. Milei, por sua vez, ameaça convocar um referendo caso o Congresso cancele definitivamente seu pacote econômico.
Os argentinos já demonstraram insatisfação nas ruas de Buenos Aires durante uma greve geral em janeiro, e o Tribunal do Trabalho revogou parte das reformas trabalhistas propostas no Decreto. Esses acontecimentos refletem a crise política no país e as divergências sobre as políticas econômicas do governo Milei, deixando incerto o futuro das reformas e a estabilidade política na Argentina.
Senado da Argentina | Rejeitou Decreto de Emergência 70/2023 proposto por Milei |
---|---|
Votação | 42 contra, 25 a favor e 4 abstenções |
Próximos passos | Decisão segue para votação na Câmara dos Deputados |
Com informações do site Rede Brasil Atual.