Sindiágua lamenta prevalência da parte política para o aval do leilão da Corsan
No dia 7 de julho deste ano, um acordo significativo foi alcançado entre o estado do Rio Grande do Sul e a empresa Aegea, que emergiu como a vencedora do processo de licitação para adquirir a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Essa negociação se tornou altamente controversa devido à ausência da nomeação de um relator para o caso no Tribunal de Contas do Estado, o que parece indicar uma possível subvalorização da Corsan.
No intuito de trazer mais clareza sobre essa situação delicada, Arilson Wünsch, líder do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e Serviços de Esgoto do Rio Grande do Sul (Sindiágua), concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Encontro Maior na Rádio Vale. Durante a entrevista, Wünsch expressou sua preocupação quanto à prevalência dos interesses políticos em detrimento das considerações técnicas na aprovação do leilão da Corsan.
Wünsch destacou que desde o leilão ocorrido em dezembro passado, houve uma diferença significativa na avaliação financeira da Corsan, chegando a aproximadamente R$ 1 bilhão. É importante ressaltar que a Aegea adquiriu essa importante empresa estatal por R$ 4,15 bilhões. Em busca de uma solução adequada para essa situação delicada, Wünsch espera que o Ministério Público se envolva no processo, levando em consideração o parecer técnico fornecido pelo TCE-RS que destaca os problemas relacionados à negociação.
A relevância dessa entrevista concedida por Arilson Wünsch é notável, uma vez que ele representa uma das partes diretamente afetadas por essa transação. Sua posição no sindicato demonstra sua expertise e consciência em relação aos desdobramentos desse processo de privatização da Corsan. A preocupação levantada sobre a influência política e a subvalorização da empresa reforçam a necessidade de revisão minuciosa do processo e garantia de que todas as considerações técnicas sejam levadas em conta.
Essa controvérsia em torno do acordo entre o estado do Rio Grande do Sul e a Aegea certamente continuará rendendo debates e discussões nos próximos meses. O resultado final dependerá das medidas tomadas pelo Ministério Público e da análise aprofundada do parecer técnico do Tribunal de Contas do Estado. Os desafios enfrentados pela Corsan durante esse processo de privatização ressaltam ainda mais a importância de uma gestão competente e transparente dos recursos hídricos no estado.
Resumo da Notícia |
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No dia 7 de julho, um acordo foi alcançado entre o estado do Rio Grande do Sul e a empresa Aegea para adquirir a Corsan. |
A negociação se tornou controversa devido à ausência de um relator no Tribunal de Contas do Estado. |
Arilson Wünsch, líder do Sindiágua, expressou preocupação com os interesses políticos prevalecendo sobre as considerações técnicas no leilão. |
Houve uma diferença de R$ 1 bilhão na avaliação financeira da Corsan desde o leilão. |
Wünsch espera que o Ministério Público se envolva no processo e considere o parecer técnico do TCE-RS. |
A controvérsia continuará rendendo debates e depende das medidas tomadas pelo Ministério Público e análise do parecer técnico. |
Com informações do site Mídia Independente.