Servidores do BC aumentam pressão com início de operação padrão
Os funcionários do Banco Central deram início a uma operação conjunta na segunda-feira, dia 3 de julho, aumentando a pressão sobre o governo. Com promessas de atrasos no serviço e greves parciais diárias, cerca de metade da força de trabalho aderiu à mobilização indefinida. Essa ação é resultado da falta de avanços nas negociações com a administração do ex-presidente Lula e também pela ausência de novos concursos públicos nos últimos dez anos. Os funcionários estão exigindo medidas para reestruturação de carreira e criação de um bônus por produtividade.
Eles argumentam que as carreiras do serviço público merecem tratamento igualitário e criticam o Ministério da Gestão e Inovação por não ter dado atenção ao projeto de reestruturação profissional durante seis meses. Em resposta, o ministério anunciou que assinará um acordo protocolar com os representantes sindicais em 11 de julho, para estabelecer uma mesa permanente de negociação.
O presidente Roberto Campos Neto reconheceu que a instituição enfrenta dificuldades devido à alta rotatividade e à ausência constante de novos concursos. Ele ressaltou que algumas demandas não exigem recursos financeiros imediatos.
No ano passado, os funcionários realizaram uma greve de três meses quando o ex-presidente Jair Bolsonaro planejava aumentar os salários apenas para agentes da polícia, mas isso acabou não acontecendo. Campos Neto mencionou diversas conversas com a ministra Esther Dweck e expressou seu apoio às preocupações dos funcionários.
Diogo Guillen, Diretor de Política Econômica do Banco Central, destacou que já se passaram dez anos desde a realização de novos concursos para cargos na instituição. Muitos profissionais estão optando por trabalhar em outros órgãos governamentais ou empresas privadas. Atualmente, há 3.350 funcionários ativos no Banco Central e 3.120 vagas abertas, porém o banco não foi incluído nos recentes anúncios do governo sobre novos concursos públicos.
As manifestações dos funcionários receberam apoio de diretores e chefes de departamento do Banco Central, que publicamente demonstraram sua solidariedade em um esforço coordenado. A situação promete gerar impactos significativos no funcionamento da instituição e nas negociações em andamento com o governo.
Resumo da Notícia |
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Funcionários do Banco Central iniciam operação conjunta, aumentando a pressão sobre o governo. |
Cerca de metade da força de trabalho adere à mobilização indefinida. |
Funcionários exigem medidas para reestruturação de carreira e criação de bônus por produtividade. |
Ministério da Gestão e Inovação anuncia acordo protocolar para estabelecer mesa permanente de negociação. |
Presidente do Banco Central reconhece dificuldades devido à falta de novos concursos e alta rotatividade. |
Funcionários recebem apoio de diretores e chefes de departamento do Banco Central. |
Com informações do site Política Livre.