Planalto avisa ao STF que Lewandowski irá para a Justiça
Ricardo Lewandowski, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), será nomeado como novo Ministro da Justiça, sucedendo a Flávio Dino. O anúncio oficial ainda não foi feito, pois Lewandowski está se organizando para formar sua equipe de colaboradores. Espera-se que a nomeação seja divulgada até o final desta semana.
A decisão foi tomada durante uma conversa entre Lewandowski e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada dois dias atrás no Palácio da Alvorada. Diferente da gestão anterior, o Ministério da Justiça não será compartilhado e a Segurança Pública continuará sob sua competência.
Lewandowski sempre expressou seu desacordo com essa separação. Em diálogos privados, ele argumentou que dividir o Ministério da Justiça não é tão simples quanto tirar um casaco, já que as estruturas estão interconectadas. Ele também compartilha da opinião de Dino, defendendo que um ministro sem controle sobre a Polícia Federal fica em posição enfraquecida.
Impasse em relação à manutenção de Ricardo Cappelli como Secretário Executivo
Andrei Rodrigues permanecerá como Diretor-Geral da Polícia Federal. Além disso, espera-se que Wadih Damous (PT), ex-deputado e secretário nacional para os consumidores, continue fazendo parte da equipe ministerial.
No entanto, há um impasse em relação à manutenção de Ricardo Cappelli como Secretário Executivo. Essa questão tem sido um dos obstáculos para o anúncio oficial de Lewandowski. Não está decidido qual será o destino de Cappelli, que foi designado como interventor em Segurança Pública no Distrito Federal após a tentativa de golpe ocorrida em janeiro.
O PSB deseja manter Cappelli e outros membros do partido que ocupam posições no Ministério da Justiça, como Tadeu Alencar (Segurança Pública) e Ênio Vaz (Assuntos Legislativos). A Secretaria Nacional de Justiça é atualmente dirigida por Augusto de Arruda Botelho, advogado apoiado pelo grupo Prerrogativas. Botelho concorreu ao cargo de deputado federal pelo PSB em 2022, porém foi derrotado em São Paulo.
Carlos Siqueira, presidente do PSB, ressaltou a importância de manter uma equipe altamente qualificada para garantir a continuidade dos avanços alcançados até agora.
Até o momento, Manoel Carlos de Almeida Neto surge como principal candidato ao cargo de Secretário Executivo do Ministério da Justiça. Almeida Neto é jurista e ex-Secretário-Geral tanto do STF quanto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Lewandowski havia indicado Almeida Neto para assumir a vaga deixada pela ministra Rosa Weber no STF, mas Lula optou por indicar Flávio Dino.
Notícia | Informações |
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Ricardo Lewandowski será nomeado como novo Ministro da Justiça | O anúncio oficial ainda não foi feito. Lewandowski está formando sua equipe de colaboradores. A nomeação será divulgada até o final desta semana. |
Decisão tomada durante conversa com o presidente Lula | A conversa ocorreu no Palácio da Alvorada dois dias atrás. O Ministério da Justiça não será compartilhado e a Segurança Pública continuará sob sua competência. |
Opinião de Lewandowski sobre a separação do Ministério da Justiça | Ele discorda da divisão, argumentando que as estruturas estão interconectadas. Ele defende que um ministro sem controle sobre a Polícia Federal fica em posição enfraquecida. |
Andrei Rodrigues permanecerá como Diretor-Geral da Polícia Federal | Wadih Damous (PT) também deve continuar na equipe ministerial. A manutenção de Ricardo Cappelli como Secretário Executivo está em impasse. |
Impasse em relação à manutenção de Ricardo Cappelli como Secretário Executivo | O PSB deseja mantê-lo, mas não está decidido qual será seu destino. Cappelli foi designado como interventor em Segurança Pública no Distrito Federal após a tentativa de golpe ocorrida em janeiro. |
Carlos Siqueira ressalta a importância de manter uma equipe qualificada | O presidente do PSB destaca a continuidade dos avanços alcançados até agora. |
Manoel Carlos de Almeida Neto surge como principal candidato ao cargo de Secretário Executivo | Almeida Neto é jurista e ex-Secretário-Geral tanto do STF quanto do TSE. Lewandowski havia indicado Almeida Neto para o STF, mas Lula optou por indicar Flávio Dino. |
Com informações do site O Dia.