Revisão do FGTS pode aumentar rendimento, mas deixar casa própria mais cara
Uma possível revisão nas taxas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode trazer um aumento no rendimento, mas também deixar a compra da casa própria mais cara.
No momento, discute-se a possibilidade de alterar o valor do FGTS, com a expectativa de que o custo aumente em 3 pontos percentuais, passando de 3% ao ano mais TR para 6,17% mais TR, o mesmo retorno das contas de poupança.
Essa revisão terá um impacto significativo no programa Minha Casa, Minha Vida, pois reduzirá em 75% o número de famílias elegíveis para participar do programa, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Isso ocorre porque o dinheiro depositado no FGTS é utilizado para financiar novos projetos habitacionais.
Para entender melhor essa situação, é importante ressaltar o papel da Caixa Econômica Federal, que administra o FGTS. A instituição empresta dinheiro para empresas de construção utilizando os recursos desse fundo. Atualmente, a Caixa cobra uma taxa mais alta pelo dinheiro emprestado e paga um retorno de 3% nas contas dos trabalhadores.
Essa diferença entre a taxa cobrada e a taxa recebida é conhecida como spread. Com um aumento no retorno das contas do FGTS, esse spread diminuiria. Para manter o mesmo lucro, a Caixa teria que aumentar a taxa cobrada nos empréstimos, tornando-os mais caros. Como resultado desse aumento no custo de financiamento para as empresas de construção, também haveria um impacto no valor final dos imóveis.
É importante ressaltar que essas mudanças ainda não estão confirmadas e dependem da aprovação do Supremo Tribunal Federal. A expectativa é de que qualquer aumento nos preços de financiamento só ocorreria a partir de 2025.
No entanto, a Associação Brasileira de Crédito Imobiliário e Entidades de Poupança (Abecip) afirma que espera-se que as taxas permaneçam inalteradas no próximo ano.
As implicações dessas mudanças vão além dos aspectos monetários. O presidente da Abrainc, Luiz França, expressou preocupação com as consequências humanitárias dessa decisão. Ele ressalta que muitas pessoas tiveram suas vidas melhoradas por meio do programa Minha Casa, Minha Vida e seriam negativamente afetadas pelo aumento dos preços dos imóveis.
Em suma, a possível revisão nas taxas do FGTS terá impactos tanto na elegibilidade das famílias ao programa Minha Casa, Minha Vida quanto nos preços dos imóveis financiados. É fundamental que os ministros considerem não apenas as questões financeiras envolvidas nessa mudança, mas também os aspectos humanitários relacionados às pessoas afetadas por ela.
Resumo da Notícia |
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Relatório sobre o aumento do custo do FGTS e suas consequências |
O valor do FGTS pode aumentar devido a possíveis alterações em seu rendimento. A expectativa é que o custo do FGTS aumente em 3 pontos percentuais, passando de 3% ao ano mais TR para 6,17% mais TR. |
Esse aumento no custo reduzirá em 75% o número de famílias elegíveis para participar do programa Minha Casa, Minha Vida, que utiliza o dinheiro do FGTS para financiar projetos habitacionais. |
A Caixa Econômica Federal administra o FGTS e empresta dinheiro para empresas de construção. Com o aumento no retorno das contas do FGTS, a Caixa teria que aumentar a taxa cobrada nos empréstimos, tornando-os mais caros. |
Essas mudanças dependem da aprovação do Supremo Tribunal Federal e qualquer aumento nos preços de financiamento só ocorreria a partir de 2025. |
A Abecip espera que as taxas permaneçam inalteradas no próximo ano. |
O presidente da Abrainc expressou preocupação com as consequências humanitárias dessa decisão, afirmando que muitas pessoas seriam negativamente afetadas pelo aumento dos preços dos imóveis. |
Em suma, a revisão nas taxas do FGTS terá impactos na elegibilidade das famílias ao programa Minha Casa, Minha Vida e nos preços dos imóveis financiados. |
Com informações do site UOL Economia.