Senadores republicanos advertem que a Câmara não conseguirá um acordo de imigração melhor sob Trump
Os republicanos do Senado estão aconselhando seus colegas da Câmara dos Representantes a não se envolverem em jogos políticos durante as atuais negociações sobre imigração. Eles alertam que é improvável que consigam um acordo melhor no futuro, especialmente se Donald Trump for reeleito como presidente. O senador Lindsey Graham afirmou que aqueles que esperam obter melhores condições com uma eventual segunda presidência de Trump irão se decepcionar. Graham enfatizou que é necessário garantir 60 votos no Senado para qualquer acordo.
O senador John Thune, líder da minoria republicana no Senado, também concorda com essa perspectiva. Ele afirmou que os democratas nunca ofereceriam algo semelhante se os republicanos tiverem maioria no Senado. Os republicanos veem essa como uma oportunidade única para reformar a fronteira e alcançar um acordo bipartidário.
Esses apelos surgem em meio à crescente otimismo dos senadores de que estão prestes a chegar a um acordo sobre leis mais rígidas de asilo e fronteiras após meses de negociação. No entanto, ainda há incerteza sobre se a Câmara controlada pelos republicanos aceitará esse acordo.
Espera-se que o pacote emergencial proposto pelo Senado inclua requisitos mais rigorosos para solicitantes de asilo, poderes adicionais para deportação de migrantes e restrições ao benefício humanitário temporário (parole). A principal questão pendente diz respeito ao benefício humanitário, pois sem abordá-lo, não haverá acordo, segundo Graham.
Enquanto isso, conservadores republicanos na Câmara ameaçam rejeitar o acordo proposto para liberar assistência à Ucrânia, caso ele contenha disposições relacionadas à imigração. Algumas vozes argumentam que não devem dar uma vitória política ao presidente Joe Biden nesse assunto antes das eleições futuras.
A representante Marjorie Taylor Greene disse à NBC News que apresentará uma moção de destituição contra o presidente da Câmara Mike Johnson se ele concordar em financiar a Ucrânia independentemente das disposições sobre imigração incluídas. Além disso, ela defende reintroduzir a política “Permanecer no México” e deportar imigrantes indocumentados.
Alguns conservadores na Câmara estão receosos em conceder uma vitória política a Biden na questão da imigração enquanto ele está politicamente vulnerável antes das próximas eleições com Trump.
Em resumo, os republicanos do Senado alertam seus colegas sobre jogos políticos nas negociações imigratórias atuais. Eles argumentam que é agora ou nunca para alcançar um acordo favorável à segurança na fronteira e restringir o benefício humanitário temporário. Ainda existe a possibilidade de desentendimentos dentro do partido em relação às disposições relacionadas à Ucrânia e às preocupações sobre dar créditos políticos prematuros ao presidente Biden.
Resumo da Notícia |
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Os republicanos do Senado aconselham colegas da Câmara a evitar jogos políticos durante negociações sobre imigração |
Senador Lindsey Graham afirma que esperar por uma segunda presidência de Trump não resultará em melhores condições |
Senador John Thune concorda que os democratas não ofereceriam um acordo semelhante se os republicanos tivessem maioria no Senado |
Oportunidade única para reformar a fronteira e alcançar um acordo bipartidário |
Pacote emergencial proposto pelo Senado incluirá requisitos mais rigorosos para solicitantes de asilo e restrições ao benefício humanitário temporário |
Conservadores republicanos na Câmara ameaçam rejeitar acordo proposto para liberar assistência à Ucrânia |
Representante Marjorie Taylor Greene ameaça apresentar moção de destituição contra presidente da Câmara se acordo financiar Ucrânia independentemente das disposições sobre imigração |
Alguns conservadores na Câmara preocupados em conceder vitória política a Biden na questão da imigração antes das próximas eleições |
Com informações do site Senate Republicans, os senadores republicanos alertaram a Câmara dos Deputados que eles não obterão um acordo de imigração melhor sob a administração Trump.