Cashback aumentará poder de compra de 89% dos brasileiros, diz estudo
Um novo estudo realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelou que as restituições de impostos são mais efetivas no combate à desigualdade do que as isenções de produtos. De acordo com o estudo intitulado “Como o cashback pode reduzir as desigualdades no Brasil”, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, o sistema cashback trará benefícios significativos para a população brasileira.
O estudo aponta que o cashback aumentará o poder de compra de 89% dos cidadãos do país. Essa medida será aplicada às famílias com renda mensal de até 15 salários mínimos, cerca de R$20.000. Além disso, foi constatado que quanto menor a renda per capita das pessoas, maior será o impacto do cashback no poder de compra, representando um ganho de 21% para aqueles que recebem até um salário mínimo.
Os pesquisadores destacam que o sistema cashback é mais efetivo no combate à desigualdade social do que as simples isenções fiscais em produtos, pois beneficia principalmente aqueles que já possuem maior poder aquisitivo.
Para chegar a esses resultados, a pesquisa considerou uma restituição anual estimada em R$9,8 bilhões sob novas regras fiscais. Essa medida beneficiaria cerca de 72,3 milhões de brasileiros, sendo que 85% deles pertencem a famílias com renda inferior a um salário mínimo. Esses cálculos levaram em conta uma alíquota de imposto sobre bens e serviços de 24% sem a aplicação do cashback.
Quanto ao financiamento dessa medida, os pesquisadores sugerem uma redução do desconto planejado sobre os novos impostos para alguns setores da economia, passando de 60% para 50%. Essa proposta já foi discutida anteriormente na Câmara dos Deputados durante a análise da reforma fiscal. Segundo a UFMG, essa iniciativa poderia resultar em uma redução de 0,73 pontos percentuais na alíquota final de imposto.
O estudo também cita experiências com sistemas cashback em outros países, como Uruguai, Colômbia, Bolívia, Equador, Argentina e Canadá. Além disso, destaca o Estado brasileiro do Rio Grande do Sul como exemplo nacional que já utiliza um sistema similar.
Muitas vezes, os governos optam por transferências adiantadas do benefício ou oferecem descontos em compras com cartões, mas não abrem mão das isenções fiscais ao implementar o cashback. Os pesquisadores ressaltam que essa medida limita o alcance dos benefícios.
Portanto, os resultados do estudo demonstram que o sistema cashback nas restituições de impostos pode ser uma solução efetiva na luta contra a desigualdade social no Brasil. Com uma implementação correta e ajustes adequados nos sistemas fiscais existentes, essa estratégia tem o potencial de proporcionar melhores condições econômicas para milhões de brasileiros.
Data | Título | Principais conclusões |
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19 de setembro de 2023 | Estudo da UFMG revela efetividade do cashback nas restituições de impostos |
– Restituições de impostos são mais efetivas no combate à desigualdade do que isenções de produtos – Cashback resultará no aumento do poder de compra para 89% dos cidadãos – Benefício será aplicável a famílias com renda mensal de até 15 salários mínimos – Quanto menor a renda per capita, maior o poder de compra com cashback – Cashback é mais efetivo por beneficiar aqueles com maior poder aquisitivo – Restituição anual estimada em R$9,8 bilhões beneficiaria 72,3 milhões de brasileiros – Financiamento proposto inclui redução do desconto planejado sobre novos impostos – Experiências com cashback em outros países e exemplo do Rio Grande do Sul – Cashback pode ser solução efetiva na luta contra a desigualdade social no Brasil |
Com informações do site Poder360.