Royalties e participações especiais foram recordes em R$ 113 bi em 2022, diz ANP
A indústria petrolífera brasileira teve um desempenho surpreendente em 2022, mesmo diante dos desafios enfrentados devido à escassez de diesel causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. De acordo com o Anuário Estatístico 2023 lançado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o ano foi marcado por resultados impressionantes.
No primeiro semestre de 2022, havia uma grande preocupação com o fornecimento de diesel para a segunda metade do ano. No entanto, a ANP trabalhou para reduzir os riscos e obteve bons resultados. O ano encerrou com recordes na distribuição de royalties e participações especiais, totalizando R$ 113 bilhões, um aumento de 68,6% em relação a 2021.
A produção diária média de petróleo também teve um crescimento significativo, atingindo 3 milhões de barris por dia, um aumento de 4% em comparação ao ano anterior. Já a produção diária média de gás natural aumentou 3,1%, chegando a 138 milhões de metros cúbicos.
Um destaque foi o fato dos royalties e as participações especiais terem ultrapassado pela primeira vez a marca dos R$ 50 bilhões. Os royalties arrecadaram R$ 58,8 bilhões e as participações especiais R$54,2 bilhões.
Além disso, as reservas provadas do país também tiveram um aumento significativo. As reservas de petróleo cresceram 11,5% em relação ao ano anterior, atingindo um total de 134,9 bilhões de barris. O estado do Rio de Janeiro liderou com 12,5 bilhões de barris, seguido por São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. As reservas de gás natural aumentaram 6,6%, alcançando 406,5 bilhões de metros cúbicos, sendo o Rio de Janeiro o principal produtor.
No cenário das empresas, a Petrobras continua sendo a maior do setor no Brasil, representando 68,3% da produção média total. Em seguida, temos a Shell com uma participação de 12%, seguida pela TotalEnergies (3,5%) e Petrogal (3,4%).
Quanto ao gás natural, a Petrobras contribuiu com 69,5% da produção média total de 138 milhões de metros cúbicos por dia. A Shell ficou em segundo lugar com uma participação de 11,9% na produção total de gás natural.
No que diz respeito aos derivados do petróleo, o diesel foi o combustível mais produzido no Brasil em 2022, alcançando um volume de 45,5 milhões de metros cúbicos. A gasolina atingiu um volume de 28,6 milhões de metros cúbicos. A produção total de combustíveis aumentou em 6,7% em comparação ao ano anterior.
As vendas dos derivados também apresentaram crescimento entre 2021 e 2022. Destacou-se o aumento nas vendas de diesel e gasolina, com um aumento significativo de 9,5% nas vendas de gasolina e um impressionante aumento de 35,9% nas vendas de querosene para aviação. No entanto, as vendas ainda não retornaram aos níveis pré-pandemia de COVID-19.
Em relação às exportações, o Brasil exportou 1,3 milhão de barris por dia, um aumento de 1,7% em comparação ao ano anterior, totalizando 491,2 milhões de barris para o ano.
Assim, a indústria petrolífera brasileira mostrou-se resiliente e obteve resultados notáveis em 2022, desafiando as adversidades impostas pelo cenário global e alcançando recordes tanto na produção quanto nas arrecadações financeiras.
Resumo da Notícia |
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A indústria petrolífera brasileira obteve resultados impressionantes em 2022, mesmo enfrentando desafios devido à escassez de diesel causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. |
O ano terminou com recordes na distribuição de royalties e participações especiais, totalizando R$ 113 bilhões, um aumento de 68,6% em relação a 2021. |
A produção diária média de petróleo cresceu 4%, atingindo 3 milhões de barris por dia, enquanto a produção diária média de gás natural aumentou 3,1%, chegando a 138 milhões de metros cúbicos. |
As reservas provadas do país também tiveram um aumento significativo, com as reservas de petróleo crescendo 11,5% e atingindo um total de 134,9 bilhões de barris. |
A Petrobras continua sendo a maior empresa do setor no Brasil, responsável por 68,3% da produção média total, seguida pela Shell (12%), TotalEnergies (3,5%) e Petrogal (3,4%). |
O diesel foi o combustível mais produzido no Brasil em 2022, alcançando um volume de 45,5 milhões de metros cúbicos, seguido pela gasolina com 28,6 milhões de metros cúbicos. |
As vendas de gasolina tiveram um aumento significativo de 9,5% e as vendas de querosene para aviação aumentaram em impressionantes 35,9%. |
O Brasil exportou 1,3 milhão de barris por dia, totalizando 491,2 milhões de barris para o ano. |
Com informações do site Época NEGÓCIOS.