Tóquio sobrecarregada pela alta demanda do novo subsídio de fertilidade
O governo metropolitano de Tóquio está enfrentando um interesse massivo em seu recém-lançado programa de subsídios à fertilidade, uma iniciativa piloto que tem como objetivo lidar com a preocupante taxa de natalidade do país. Mais de 7.000 mulheres já se inscreveram para sessões informativas sobre o programa, que oferece um montante considerável de dinheiro para cobrir os custos do congelamento de óvulos. Desde outubro, 1.800 mulheres já apresentaram solicitações para receber esse auxílio financeiro.
As estimativas anteriores do governo sugeriam uma demanda muito menor para esse tipo de programa. Sabendo disso, um orçamento inicial de ¥60 milhões foi destinado aos subsídios, valor suficiente para fornecer o montante máximo a 200 mulheres. Diferente das políticas anteriores que excluíam mulheres solteiras, esse programa está aberto para todas as mulheres entre 18 e 39 anos. Além disso, não há prazo fixo para a realização da inscrição e nem um limite predeterminado para a quantidade de subsídios concedidos.
A baixa taxa de natalidade no Japão tem sido motivo crescente de preocupação por parte do governo japonês. Com uma taxa atualmente em torno de 1,3 filhos por mulher, fica claro que há uma situação delicada em mãos. Essa preocupação levou o governo a aprovar o reembolso de 70% dos custos relacionados à fertilização in vitro (FIV) no ano passado.
O congelamento de óvulos é apenas uma das muitas tecnologias disponíveis quando se trata da reprodução assistida. Embora seja uma opção promissora, é importante destacar que essa tecnologia possui um custo elevado no Japão – podendo variar entre ¥300.000 e ¥600.000 – podendo chegar facilmente a valores na casa dos milhões.
Além disso, devemos salientar que utilizar óvulos congelados não é garantia absoluta de gravidez bem-sucedida. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Governo Metropolitano de Tóquio em agosto deste ano, apenas cerca de 8,4% dos beneficiários desse tipo de tecnologia conseguiram dar à luz utilizando seus óvulos congelados.
Apesar desses dados desanimadores quanto aos resultados efetivos do processo, há quem defenda essa opção como uma oportunidade crucial para as mulheres que ainda não estão prontas para ter filhos. Noriko Taniyama, membro da Divisão do Departamento do Bem-Estar Social para Apoio às Crianças e Cuidados dentro do governo municipal, argumenta que preservar óvulos jovens e aumentar as chances futuras de concepção é fundamental para muitas mulheres.
Diante dessa realidade complexa e preocupante em relação à taxa de natalidade no país, o governo metropolitano pretende avaliar os efeitos positivos ou negativos do congelamento dos óvulos através da coleta e análise detalhada dos dados referentes aos beneficiários desse programa subsidiário tão necessário nos dias atuais.
| Resumo da Notícia |
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| O governo metropolitano de Tóquio lançou um programa de subsídios à fertilidade para lidar com a baixa taxa de natalidade do país. |
| Mais de 7.000 mulheres já se inscreveram para sessões informativas sobre o programa. |
| 1.800 mulheres já apresentaram solicitações para receber o auxílio financeiro. |
| O programa está aberto para todas as mulheres entre 18 e 39 anos, sem prazo fixo de inscrição ou limite predeterminado para a quantidade de subsídios concedidos. |
| O governo destinou inicialmente ¥60 milhões para os subsídios, valor suficiente para fornecer o montante máximo a 200 mulheres. |
| A taxa de natalidade no Japão é de aproximadamente 1,3 filhos por mulher. |
| O congelamento de óvulos é uma opção promissora, mas possui um custo elevado no Japão, variando entre ¥300.000 e ¥600.000. |
| Apenas cerca de 8,4% dos beneficiários do congelamento de óvulos conseguiram dar à luz utilizando seus óvulos congelados. |
| O governo pretende avaliar os efeitos do programa através da coleta e análise detalhada dos dados dos beneficiários. |
Com informações do site Tokyo Reporter.
