Políticas públicas melhoram a saúde infantil no Semiárido brasileiro, aponta pesquisa
De acordo com pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), políticas públicas estão contribuindo para a melhoria da saúde infantil no Semiárido brasileiro. O estudo, intitulado “Políticas de adaptação climática e saúde infantil: evidências de uma política hídrica no Brasil”, revelou que as mulheres grávidas beneficiadas pelo Programa Cisterna na região têm maior probabilidade de dar à luz crianças mais saudáveis.
A desnutrição infantil é um problema global que afeta principalmente as populações em regiões vulneráveis, como o Semiárido brasileiro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), bebês com menos de 2.500g ao nascer são considerados de “baixo peso ao nascer” e estão sujeitos a diversas complicações futuras.
Os pesquisadores da FGV destacaram a importância do Programa Cisterna na promoção da saúde das mulheres grávidas e dos recém-nascidos. O estudo revelou que a cada semana em que as mulheres grávidas são expostas a esse programa, o bebê ganha dois gramas adicionais de peso. Ao longo da gravidez, uma mulher que tem contato com o programa desde o início pode aumentar o peso do recém-nascido em até 80 gramas.
Uma análise econômica comparando mulheres grávidas que tiveram contato com o Programa Cisterna desde o início e aquelas expostas por apenas algumas semanas mostrou que quanto maior for o acesso às cisternas, maior será o peso do recém-nascido. Isso evidencia o impacto significativo das políticas públicas na melhoria da saúde infantil.
O Programa Cisterna, especialmente a parte chamada “Primeira Água”, tem evitado que as mulheres grávidas percorram longas distâncias em busca de água em poços e açudes, reduzindo os riscos neonatais causados pelo esforço físico intenso sob altas temperaturas. O pesquisador responsável pela pesquisa sugere que esses resultados podem servir como evidência para ampliar o público-alvo prioritário do programa, incluindo as mulheres grávidas.
Além de beneficiar as mulheres grávidas e os recém-nascidos, estudos como esse são úteis para avaliar a eficácia das políticas públicas e compreender como e por que funcionam. A mensuração do impacto desses programas nas vidas das populações vulneráveis permite direcionar os recursos públicos de forma mais efetiva.
Em resumo, o estudo realizado pela FGV destaca a importância do Programa Cisterna na promoção da saúde dos recém-nascidos no Semiárido brasileiro. O acesso a água potável próximo às residências das comunidades tem impactos significativos no peso dos bebês ao nascer, reduzindo os riscos de complicações futuras. Essa pesquisa também reforça a relevância das políticas públicas e o papel fundamental da análise econômica na avaliação da eficácia dessas políticas. O Programa Cisterna se mostra uma iniciativa econômica, mas com benefícios significativos para a saúde infantil.
Resumo da Notícia |
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Título: Programa Cisterna promove saúde de recém-nascidos na região Semiárida do Brasil |
Informações principais:
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Conclusão: O Programa Cisterna na região Semiárida do Brasil tem impactos significativos na saúde dos recém-nascidos, reduzindo os riscos de complicações futuras. A análise econômica mostra a eficácia das políticas públicas e a importância de direcionar recursos de forma mais efetiva. |
Com informações do site Portal FGV.