Polícia Federal realiza operações simultâneas para combater mineração ilegal de ouro
Na quarta-feira, 20 de outubro, a Polícia Federal desencadeou três operações em conjunto nos estados do Amazonas, Roraima e Tocantins, com o objetivo de desmantelar esquemas criminosos relacionados à mineração ilegal de ouro. Estas ações resultaram em uma ordem judicial que determinou o congelamento e confisco de propriedades e ativos no valor de 6,7 bilhões de reais.
A primeira operação, denominada Emboabas, ocorreu no Amazonas e teve como alvo o contrabando de ouro do Brasil para países europeus. A investigação teve início com a prisão de um suspeito que transportava 35 quilogramas de ouro, prestes a ser entregue a dois americanos sócios de uma empresa em Nova York. A partir disso, outras prisões foram realizadas e foram cumpridos mandados de busca em 16 endereços não apenas no Amazonas, mas também em cidades como Manaus, Anápolis (GO), Ilha Solteira (SP), Uberlândia (MG), Areia Branca (RN) e Ourilândia do Norte, Tucumã e Santa Maria das Barreiras no Pará.
De acordo com a Polícia Federal, foi descoberto que essa organização criminosa adquiria ouro em terras indígenas e leitos fluviais utilizando dragas e declarava fraudulentamente que o metal havia sido extraído das Permissões Legais para Garimpeira (PLG). Os envolvidos serão responsabilizados por crimes como usurpação de bens públicos, crime organizado, lavagem de dinheiro, extração ilegal de ouro, contrabando, falsidades ideológicas e receptação qualificada de bens roubados.
A segunda operação, denominada Eldorado, teve como objetivo apreender os suspeitos que lideravam um esquema de contrabando e venda de ouro extraído ilegalmente, gerando um montante de quase 6 bilhões de reais. Duas prisões foram efetuadas e quarenta locais foram alvo de busca e apreensão nos estados de Roraima, Amazonas, Goiás e Distrito Federal.
As investigações indicaram que esse esquema envolvia a entrada clandestina de ouro da Venezuela para o Brasil. Os suspeitos estavam envolvidos em atividades mineradoras ilegais nas Terras Indígenas Yanomami e em outras minas distribuídas em diferentes estados.
A terceira operação, denominada Lupi, ocorreu no Tocantins e investigou uma organização criminosa dedicada à extração ilegal, comercialização e exportação de ouro em reservas indígenas e unidades federais de conservação, além da lavagem de dinheiro. Cinco locais foram alvo de busca e apreensão e uma prisão foi efetuada.
Essas operações são cruciais para combater a mineração ilegal de ouro, um crime que causa graves impactos ambientais, sociais e econômicos. O confisco dos ativos milionários visa desarticular esses esquemas criminosos e punir os responsáveis. A Polícia Federal continuará trabalhando incansavelmente para garantir a segurança do país e combater atividades ilícitas como essa.
Operação | Objetivo | Resultados |
---|---|---|
Operação Emboabas | Investigar contrabando de ouro para países europeus | Prisão de suspeitos, busca em 16 endereços e apreensão de ouro |
Operação Eldorado | Apreender suspeitos de contrabando e venda de ouro ilegal | Prisões, busca em 40 locais e apreensão de ouro |
Operação Lupi | Investigar organização criminosa dedicada à extração ilegal e exportação de ouro | Prisão, busca em 5 locais e apreensão de ouro |
Com informações do site Estadão.