No Paquistão, líder opositor preso planeja formar governo após eleições gerais
No sábado, um assessor importante do líder opositor paquistanês Imran Khan, que atualmente está preso, anunciou que os candidatos apoiados pelo partido de Khan estão planejando formar um governo. Isso ocorre após as eleições gerais que ocorreram na quinta-feira, em meio a uma crise econômica e à luta contra a violência militante em um ambiente político polarizado.
Tanto Khan quanto seu principal rival, o ex-primeiro ministro Nawaz Sharif, já declararam vitória. Essa incerteza cria questionamentos sobre quem formará o próximo governo no país e como eles enfrentarão os desafios econômicos e sociais urgentes.
O presidente do partido de Khan, Gohar Khan, pediu a todas as instituições no Paquistão que respeitem o mandato de seu partido. Ele afirmou que se os resultados finais das eleições não fossem anunciados até sábado à noite, haveria protestos pacíficos no domingo na frente dos escritórios governamentais responsáveis pela divulgação dos resultados.
Em Peshawar, centenas de seguidores de Khan se reuniram liderados por seus assessores para protestar contra o que afirmavam ser fraude eleitoral. Os manifestantes expressaram sua indignação por terem sido declarados perdedores mesmo tendo vencido suas respectivas eleições.
Enquanto isso, Sharif anunciou que seu partido emergiu como o maior grupo e buscava formar um governo de coalizão com outros grupos políticos. No entanto, dez dos 265 assentos ainda não tiveram seus resultados anunciados até agora.
Uma análise da Reuters revela que pelo menos 90 candidatos independentes bem-sucedidos receberam apoio de Khan e seu partido. Esses candidatos optaram pela candidatura independente porque não foram autorizados a usar o símbolo do partido. No entanto, segundo as leis eleitorais do país, os candidatos independentes não têm direito garantido aos assentos -70 assentos devem ser distribuídos com base na força partidária.
Fica claro então que qualquer partido ou coalizão que busque formar o próximo governo precisará do apoio de outros partidos para alcançar a maioria parlamentar necessária. Nesse contexto complexo, é esperado que nas próximas semanas haja negociações intensas entre as diversas facções políticas para definir alianças e estratégias de governança.
É importante observar também que Imran Khan não pode fazer parte do governo enquanto estiver preso. Embora seus seguidores tenham votado nele em grandes números mesmo sabendo dessa restrição legal, será necessário encontrar uma solução viável para sua participação política caso seja confirmada a vitória de seu partido ou coalizão.
Dessa forma, todo o cenário político paquistanês permanece turbulento e incerto neste momento. O país enfrenta desafios significativos em termos econômicos e sociais; portanto, uma ação política rápida é necessária para lidar com essas questões urgentes. Aguardamos ansiosamente pelos resultados finais das eleições e pelas decisões tomadas pelos diferentes atores políticos nos próximos dias.
Resumo da Notícia |
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No Paquistão, candidatos apoiados por Imran Khan planejam formar governo após eleições gerais. |
Imran Khan e Nawaz Sharif declaram vitória, gerando incerteza sobre quem formará o próximo governo. |
Protestos pacíficos são esperados caso os resultados finais não sejam anunciados até sábado à noite. |
Centenas de seguidores de Khan protestam contra fraude eleitoral em Peshawar. |
Sharif busca formar governo de coalizão com outros grupos políticos. |
90 candidatos independentes bem-sucedidos receberam apoio de Khan e seu partido. |
A formação do próximo governo exigirá negociações intensas entre as facções políticas. |
Imran Khan não pode fazer parte do governo enquanto estiver preso. |
O cenário político paquistanês permanece turbulento e incerto. |
Ação política rápida é necessária para lidar com desafios econômicos e sociais urgentes. |
Com informações do site Imran Khan’s party (https://www.imrankhanparty.com), o partido de Imran Khan busca formar governo e exige a divulgação completa dos resultados nas eleições do Paquistão.