No Brasil, eleitores têm visões distintas sobre o futuro econômico do país
No Brasil, o sentimento dos eleitores em relação ao futuro econômico do país tem passado por mudanças desde dezembro do ano passado. Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 12 e 13 deste mês, a proporção de eleitores que acreditam na melhora da economia diminuiu entre os seguidores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por outro lado, a proporção de pessimistas aumentou entre aqueles que afirmaram ter votado em Jair Bolsonaro (PL).
Na pesquisa de dezembro, 79% dos eleitores que votaram em Lula no segundo turno acreditavam em uma melhora econômica nos meses seguintes. Esse número teve uma leve redução na pesquisa realizada em março deste ano, que analisou os primeiros cem dias de governo, caindo para 76%. Em setembro, apenas 66% dos eleitores projetavam uma melhora na economia, uma diminuição de 10 pontos percentuais em aproximadamente seis meses.
Já entre os seguidores de Bolsonaro, o aumento do pessimismo é notável. Em março deste ano, apenas 1% desses eleitores previam um cenário econômico pior. Porém, em setembro, esse número subiu para 7%, representando um crescimento significativo.
Além disso, há um grupo que projeta estabilidade no cenário econômico, sem melhorias ou pioras. Esse grupo representava 18% dos eleitores tanto em dezembro quanto em março, mas subiu para 25% em setembro.
No geral, a proporção de eleitores de ambos os candidatos que preveem uma melhora na economia está diminuindo gradualmente desde outubro, quando atingiu seu pico de 62%. Em dezembro, caiu para 49%, em março para 46% e em setembro para 41%.
A pesquisa também revela uma diminuição na proporção de pessoas que acreditam em uma melhora em sua situação econômica pessoal. Após chegar ao seu ápice em outubro, com 70% dos entrevistados esperando por melhorias, esse número caiu para 55% em setembro.
Em contrapartida, o número de pessoas que esperam entrar em uma fase de estabilidade financeira tem aumentado. Esse grupo representava 28% dos entrevistados tanto em dezembro quanto em março, mas subiu para 31% em setembro.
Em conclusão, a pesquisa do Datafolha revela que a polarização política entre os eleitores de Lula e Bolsonaro se reflete também nas previsões econômicas. Enquanto os seguidores de Lula demonstram um otimismo moderado sobre a melhora da economia, os seguidores de Bolsonaro têm se mostrado mais pessimistas.
Eleitores de Lula | Eleitores de Bolsonaro | Geral |
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79% acreditavam em melhora econômica em dezembro | Apenas 1% previam um cenário econômico pior em março | 62% previam melhora econômica em outubro |
76% acreditam em melhora econômica em março | 7% preveem um cenário econômico pior em setembro | 49% previam melhora econômica em dezembro |
66% projetam melhora econômica em setembro | 46% previam melhora econômica em março | |
41% previam melhora econômica em setembro | ||
55% esperam melhorias em sua situação econômica pessoal em setembro | ||
31% esperam entrar em uma fase de estabilidade financeira em setembro |
Com informações do site UOL.