Secretário de Economia, Fernando Haddad, tem sua avaliação de desempenho e expectativas para a economia brasileira pioradas
No mês de setembro, o Secretário de Economia, Fernando Haddad, viu sua avaliação de desempenho e as expectativas para a economia brasileira piorarem, de acordo com uma pesquisa da Genial/Quaest divulgada na terça-feira.
Aqueles que consideram o trabalho do Secretário favorável totalizaram 46%, em comparação com os 65% registrados em julho. Por outro lado, aqueles que veem suas ações como adversas aumentaram para 23%, enquanto a avaliação regular aumentou para 31%.
A pesquisa também revelou um deterioramento das perspectivas econômicas. A porcentagem daqueles que esperam que a economia melhore nos próximos 12 meses caiu para 36%, enquanto o número daqueles que preveem um deterioro econômico subiu para 34%. Já aqueles que acreditam em uma estabilidade econômica aumentaram para 30%.
A grande maioria, ou seja, 72%, concorda que a política econômica do país está indo na direção errada. Por outro lado, apenas 28% estão satisfeitos e afirmam que ela está indo na direção certa.
Outro problema destacado pelos entrevistados é a falta de uma política fiscal eficiente, citada por 57% dos participantes da pesquisa. Esse número representa um aumento em relação aos 45% registrados em julho. Além disso, há preocupações relacionadas aos interesses eleitorais (22%), baixos níveis de educação e produtividade da população (15%) e à alta taxa de juros (6%).
A pesquisa também mostrou uma insatisfação significativa com o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Segundo a Genial/Quaest, 71% consideram o PAC uma medida negativa, enquanto 29% a veem como positiva. E, em relação aos gastos públicos, 85% acreditam que a quantidade anunciada de investimentos é inadequada e 86% não acreditam que esses investimentos serão eficazes para impulsionar o crescimento do país.
A pesquisa ainda revelou que quase todos os entrevistados, ou seja, 95%, não acreditam que o governo será capaz de eliminar o déficit fiscal até 2024. A maioria também afirma que mesmo se todas as medidas destinadas a esse objetivo forem adotadas, não serão suficientes para alcançar um déficit zero.
Em relação à taxa de juros Selic, os agentes do mercado responderam que esperam uma redução para 12,75% ao ano, em comparação com os atuais 13,25%. Essa expectativa foi registrada pela grande maioria dos participantes da pesquisa, representando 80%.
Diante desse panorama preocupante e das perspectivas negativas apresentadas pela pesquisa da Genial/Quaest, fica evidente que há um sentimento de descontentamento e incerteza em relação à economia brasileira e às políticas econômicas adotadas pelo governo atual. Resta aguardar e acompanhar de perto os desenvolvimentos futuros para verificar se haverá mudanças significativas no cenário econômico nos próximos meses.
Resumo da Notícia |
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Secretário de Economia, Fernando Haddad, tem avaliação de desempenho piorada |
46% consideram o trabalho do Secretário favorável, em comparação com 65% em julho |
23% veem suas ações como adversas, enquanto a avaliação regular aumentou para 31% |
Perspectivas econômicas também se deterioram |
36% esperam que a economia melhore nos próximos 12 meses, enquanto 34% preveem um deterioro econômico |
72% concordam que a política econômica está indo na direção errada |
57% citam falta de uma política fiscal eficiente como problema |
71% consideram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) negativo |
85% acreditam que a quantidade anunciada de investimentos é inadequada |
95% não acreditam que o governo eliminará o déficit fiscal até 2024 |
Expectativa de redução da taxa de juros Selic para 12,75% ao ano |
Com informações do site Investing.com Brasil.