Lula busca nomear mulher à Justiça ou AGU para reduzir críticas por ida de homem ao STF
O presidente Lula solicitou nomes de mulheres como possíveis substitutas para cargos no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Advocacia-Geral da União (AGU), a fim de evitar críticas por indicar outro homem para o STF.
Na semana passada, o presidente Lula (PT) pediu aos membros de seu governo que apresentassem nomes de mulheres como possíveis substitutas para o cargo de Ministro da Justiça e Ministro Chefe da AGU. Essa medida tem como objetivo evitar críticas negativas por nomear outro homem para o STF, especialmente para a cadeira atualmente ocupada pela Ministra Rosa Weber.
Com a indicação de um homem, a representação feminina no tribunal seria ainda mais reduzida, com apenas a Ministra Cármen Lúcia ocupando uma das cadeiras. Atualmente, as mulheres lideram 9 dos 38 ministérios do governo, uma queda em relação aos 11 dos 37 no início do mandato. Por isso, é importante para o presidente encontrar candidatas mulheres qualificadas.
Essa orientação também visa equilibrar as mudanças recentes no gabinete ministerial. A saída da Ministra Ana Moser do Ministério dos Esportes abriu uma vaga que precisa ser preenchida para garantir a igualdade entre homens e mulheres no governo. Além disso, a presidente da Caixa, Rita Serrano, está ameaçada em seu cargo devido às disputas políticas dentro da coalizão presidencial.
Alguns aliados de Lula têm levantado a hipótese de que ele esteja favorecendo o Ministro da Justiça, Flávio Dino, na disputa por uma vaga no STF. Eles argumentam que Dino tem um papel político importante, especialmente em relação à Polícia Federal, e que seria mais fácil encontrar uma candidata mulher para a AGU, permitindo a transferência de Messias para o Ministério da Justiça.
Nomes como Simone Tebet do MDB e Kátia Abreu do PP têm sido mencionados como possíveis candidatas para substituir Dino no Ministério da Justiça. Já a Procuradora-Geral do Erário Nacional, Anelize Almeida, e Claudia Trindade, Assessora Especial para a Diversidade e Inclusão na AGU, são consideradas opções para liderar a AGU caso ocorra essa troca.
Outra possibilidade em consideração é a separação do Ministério da Justiça e a criação de um Ministério da Segurança Pública, com ligação direta à Polícia Federal. Essa proposta foi discutida durante a transição governamental no ano passado, mas ainda não foi decidida.
Dentre os nomes masculinos em consideração estão Ricardo Cappelli, Augusto de Arruda Botelho e Marco Aurélio de Carvalho. Todos eles são aliados próximos de Lula e poderiam substituir Dino no Ministério da Justiça caso uma candidata mulher não seja encontrada ou escolhida.
Além das vagas discutidas anteriormente, surgiram rumores de que Bruno Dantas, Presidente do Tribunal de Contas Federais (TCU), possa ser candidato ao STF, embora em menor medida. Essas decisões são estratégicas para garantir uma composição equilibrada e representativa no governo e nos tribunais.
Em suma, as ações do presidente Lula em solicitar sugestões de nomes femininos como possíveis substitutas para cargos importantes no Supremo Tribunal Federal e na Advocacia-Geral da União buscam ampliar a representação feminina nessas instituições e garantir um equilíbrio político dentro do governo. Essa medida visa evitar críticas negativas decorrentes de nomeações exclusivamente masculinas e reconhece a importância da participação das mulheres nas decisões-chave do país.
Notícia |
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Relatório sobre a solicitação do chefe do Executivo, Lula, para que seus colaboradores sugiram nomes de mulheres como possíveis substitutas para cargos no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Advocacia-Geral da União (AGU). |
Resumo |
O chefe do Executivo, Lula, solicitou que seus colaboradores apresentassem nomes de mulheres como possíveis substitutas para cargos no STF e na AGU. Essa medida visa ampliar a representação feminina nessas instituições e evitar críticas negativas decorrentes de nomeações exclusivamente masculinas. |
Com informações do site UOL.