Julho terá sido o mês mais quente de sempre, diz serviço europeu Copernicus
O mês de julho deste ano está se consolidando como o julho mais quente já registrado, de acordo com o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da Europa (C3S). As primeiras três semanas foram marcadas por um intenso calor, estabelecendo um recorde de 15 dias consecutivos de altas temperaturas. Essa situação é resultado das ondas de calor que atingiram América do Norte, Ásia e Europa, além dos incêndios florestais no Canadá e na Grécia, trazendo impactos negativos para a saúde, o meio ambiente e a economia.
O C3S destaca que a temperatura média global temporariamente ultrapassou o limite de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais durante a primeira e terceira semana do mês. No dia 6 de julho, foi registrado um recorde histórico de temperatura média diária global, superando agosto de 2016 como o dia mais quente já registrado. Essa tendência crescente nas temperaturas globais não se limita apenas a este ano.
Previsões alarmantes
As previsões sazonais do C3S indicam que as temperaturas nas áreas terrestres estarão significativamente acima da média para esta época do ano. Isso ressalta a urgência cada vez maior na redução das emissões de gases de efeito estufa. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta que o clima extremo vivenciado em julho é um reflexo triste das mudanças climáticas e uma amostra do que está por vir. A OMM estima que há 98% de probabilidade de, nos próximos cinco anos, pelo menos um deles ser o mais quente já registrado. Além disso, há 66% de chance de ocorrer uma elevação temporária dos níveis de temperatura acima de 1,5°C em relação à média observada entre 1850-1900.
Petteri Taalas, Secretário-Geral da OMM, destaca a urgência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Ele enfatiza que o clima extremo vivenciado em julho afetou milhões de pessoas e é uma dura realidade das mudanças climáticas. Gavin Schmidt, principal climatologista da NASA, acrescenta que julho não apenas está prestes a se tornar o mês mais quente já registrado na história moderna, mas também possivelmente será o mais quente dos últimos séculos. Esse cenário não se deve apenas ao fenômeno El Niño, mas também ao contínuo aumento nas emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
Diante desse panorama preocupante, é urgente adotar medidas para mitigar os impactos das mudanças climáticas. O futuro do planeta depende da tomada responsável dessas ações para preservação da vida e do meio ambiente.
Resumo da Notícia |
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As primeiras três semanas de julho deste ano foram as mais quentes já registradas. |
O mês de julho está seguindo uma tendência para se tornar o julho mais quente da história. |
O calor intenso está relacionado às ondas de calor e incêndios florestais em várias regiões. |
A temperatura média global temporariamente ultrapassou o limite de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. |
Previsões indicam que as temperaturas nas áreas terrestres estarão significativamente acima da média. |
A OMM afirma que o clima extremo é um reflexo das mudanças climáticas e do nosso futuro. |
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa é urgente para enfrentar o problema. |
O mês de julho pode ser o mais quente dos últimos séculos. |
Medidas urgentes são necessárias para mitigar os impactos das mudanças climáticas. |
Com informações do site SAPO Lifestyle.