Israel estuda exílio de líder do Hamas em troca da libertação de reféns – Saída estratégica para o Hamas?

Israel estaria disposto a oferecer exílio ao líder do Hamas em troca da libertação de reféns e fim do governo em Gaza

Segundo informações obtidas pela NBC News, Israel estaria aberto a permitir que o líder militar do Hamas, Yahya Sinwar, fosse exilado em troca da libertação de todos os reféns e do fim do governo do Hamas em Gaza. A proposta de exílio vem sendo discutida desde novembro e foi trazida à tona novamente no início de janeiro.

No início, o governo israelense planejava eliminar tanto Sinwar quanto Mohammed Deif, os líderes responsáveis pelo ataque terrorista ocorrido em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.200 pessoas em Israel e no sequestro de outras 240. No entanto, a ideia de exilá-los, juntamente com outros quatro líderes importantes, surgiu como uma alternativa para remover a liderança do Hamas de Gaza. Um funcionário afirmou: “Não nos importamos se [Sinwar] sair como Arafat saiu do Líbano. Permitiremos isso desde que todos os reféns sejam libertados”.

Essa proposta de exílio é apenas uma das várias opções apresentadas por Israel aos Estados Unidos. Outras sugestões incluem substituir o Hamas por líderes civis selecionados e promover reformas educacionais em Gaza.

Vale destacar que não é a primeira vez na história em que um grupo ou líder é exilado como uma solução para conflitos. Em 1982, durante a aproximação das Forças de Defesa de Israel a Beirute, onde estava localizada a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Estados Unidos e outros mediadores internacionais organizaram um acordo para permitir que os membros do grupo e o próprio líder deixassem o Líbano por barco. Arafat acabou vivendo no exílio na Tunísia por vários anos.

A proposta atual mira não apenas na libertação dos reféns, mas também no enfraquecimento da presença radicalizada do Hamas em Gaza. Substituir a liderança atual por figuras civis poderia potencialmente trazer alguma estabilidade à região e abrir caminho para futuros acordos diplomáticos.

No entanto, embora essa oferta seja considerada “sobre a mesa”, ainda não há informações sobre como o Hamas reagiu ou se mostrou disposto a aceitar esse possível acordo. Dúvidas permanecem quanto à eficácia dessa estratégia e se ela pode realmente levar a mudanças significativas no conflito entre Israel e Palestina. É importante ressaltar que essa é apenas uma opção dentre várias possíveis soluções para alcançar um acordo duradouro na região.

Com informações do site The Jerusalem Post.