Índia, sudeste asiático e México despontam como potências globais com desaceleração da China
No contexto atual, é evidente a ascensão de novos atores globais que estão transformando o cenário econômico mundial. Isso ocorre principalmente no Leste (Índia), bem como em outros países com crescimento econômico ascendente, incluindo Vietnã, Indonésia e México na América Latina. Essa mudança resulta da combinação de três fatores-chave: a transformação estrutural da economia chinesa, as alterações nas cadeias de suprimentos induzidas pela pandemia e os impactos da guerra na Ucrânia.
O papel central da China na economia mundial está passando por mudanças significativas. Segundo Robert Sockin, economista global do Citi, já existem indicativos de que o país está perdendo sua dominância no comércio internacional. Por outro lado, países do sudeste asiático com uma estrutura econômica semelhante à da China, a Índia devido à sua grande população e o México pela sua proximidade geográfica com os Estados Unidos estão se destacando como prováveis protagonistas.
O Brasil também faz parte dessa dinâmica global, mas suas perspectivas são menos otimistas. Enquanto possui uma base industrial sólida e uma economia em escala, enfrenta desafios como alta carga tributária e deficiências na infraestrutura. Além disso, conforme aponta Alberto Ramos do Goldman Sachs, o Brasil é uma economia pouco aberta para o comércio internacional. Diferentemente do México, não possui um acordo de livre comércio com os Estados Unidos, um importante centro consumidor.
No entanto, o Brasil pode encontrar oportunidades na transição energética global. O consultor Welber Barral destaca que o país tem potencial para se tornar um grande fornecedor de hidrogênio verde e créditos de carbono, produtos com crescente demanda no cenário mundial. Essa possibilidade pode impulsionar o crescimento da economia brasileira nos próximos anos.
Dúvidas respondidas:
– O que está acontecendo na China?
A China, por décadas, se beneficiou do deslocamento de milhões de trabalhadores rurais para as cidades. Essa migração proporcionou mão de obra barata e contribuiu para a criação de uma indústria competitiva com capacidade de exportação mundial. No entanto, seu modelo econômico enfrenta desafios estruturais, como preocupações sobre a saúde financeira do setor imobiliário e altas taxas de desemprego entre os jovens. Buscando elevar sua renda média, o governo chinês agora incentiva o crescimento impulsionado pelo consumo, no lugar do foco exclusivo nas exportações.
Conclusão:
Diante dessa nova dinâmica global da economia, é importante compreender as mudanças em curso e suas implicações. Potências emergentes como Índia, países do sudeste asiático e México estão ganhando destaque enquanto a China passa por transformações internas. O Brasil enfrenta desafios particulares para se beneficiar plenamente deste cenário, mas pode encontrar oportunidades na transição energética. É fundamental que governos e empresas estejam atentos a essas tendências e busquem se adaptar e explorar as possibilidades que surgirem.
Relatório: Mudanças globais na economia e o papel das potências emergentes | |
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Introdução: | No contexto atual, é evidente a ascensão de novos atores globais que estão transformando o cenário econômico mundial. Isso ocorre principalmente no Leste (Índia), bem como em outros países com crescimento econômico ascendente, incluindo Vietnã, Indonésia e México na América Latina. |
Desenvolvimento: | O papel central da China na economia mundial está passando por mudanças significativas. Países do sudeste asiático, Índia e México estão se destacando como prováveis protagonistas. |
Brasil: | O Brasil enfrenta desafios como alta carga tributária e deficiências na infraestrutura, mas pode encontrar oportunidades na transição energética global. |
Dúvidas respondidas: | A China está passando por transformações internas, buscando elevar sua renda média e incentivar o crescimento impulsionado pelo consumo. |
Conclusão: | Potências emergentes estão ganhando destaque enquanto a China passa por transformações internas. O Brasil enfrenta desafios particulares, mas pode encontrar oportunidades na transição energética. |
Com informações do site Economia & Negócios Estadão.