Google enfrenta julgamento antitruste nos EUA: monopólio sob investigação

O julgamento antitruste contra o Google começa nos Estados Unidos

O julgamento antitruste envolvendo o Google teve seu início nos Estados Unidos, no dia 12 de setembro de 2023. O governo acusa a empresa de violar as leis antitruste e abusar de seu poder de mercado para obter vantagens sobre seus concorrentes ao longo de mais de uma década.

Considerado um caso significativo pela mídia internacional, esse é o maior julgamento desse tipo em duas décadas nos Estados Unidos desde o famoso caso envolvendo a Microsoft nos anos 2000. A gigante do software foi acusada de manter sua dominação no mercado através do Windows.

Prevê-se que o julgamento contra o Google se estenda por mais de dois meses. Além disso, ele terá um papel crucial na discussão sobre o monopólio das grandes empresas tecnológicas na área da informação, entretenimento, comércio, e outras.

Ainda que não existam consequências legais definidas até o momento, caso o Google seja considerado culpado, enfrentará restrições relacionadas à concorrência e poderá alterar o equilíbrio de poder dentro do Vale do Silício, como reportou o The New York Times.

Acusações contra o Google

Uma das principais acusações dirigidas à gigante tecnológica é referente aos pagamentos milionários feitos a fabricantes de smartphones para que se tornem provedores de pesquisa padrão em seus navegadores. Outra acusação levantada é que o Google possui contratos com essas empresas para ter seus aplicativos pré-instalados em seus dispositivos, tais como o YouTube.

De acordo com informações do The NYT, as investigações estão em curso há quatro anos. O Departamento de Justiça e membros do governo dos Estados Unidos coletaram evidências através de entrevistas e análise de milhares de documentos. Um advogado do Departamento de Justiça afirmou que o Google paga mais de 10 bilhões de dólares anualmente para a Apple para ser estabelecido como mecanismo de pesquisa padrão no Safari, navegador da Apple.

Além disso, outro documento analisado pelas autoridades norte-americanas inclui uma declaração de um funcionário do Google que descreve os contratos exclusivos com mecanismos de pesquisa como uma “arma estratégica poderosa” para o negócio da empresa.

Por outro lado, o Google contesta essas acusações argumentando que atualmente enfrenta concorrência de diversas plataformas como Bing, TikTok e ChatGPT. A defesa da gigante tecnológica também aponta que a Apple e a Mozilla também promovem outros serviços além dos oferecidos pelo Google.

Com base nas informações até o momento, ainda é incerto qual será o desfecho desse importante julgamento contra o Google. As próximas semanas serão decisivas para determinar se houve violações antitruste por parte da empresa e quais possíveis consequências isso trará para o futuro das grandes empresas tecnológicas.

Com informações do site Meio e Mensagem.