Fazenda aumenta previsão oficial de crescimento do PIB para 3,2%
No Boletim Macroeconômico publicado na segunda-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, foi anunciada uma revisão para cima das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Anteriormente estimado em 2,5%, o crescimento agora é esperado atingir 3,2%. Essa melhora nas expectativas se deve a alguns fatores, incluindo o aumento de 0,9% no PIB do segundo trimestre, impulsionado pelo crescimento agrícola. Além disso, há perspectivas positivas para o terceiro trimestre e uma possível recuperação da economia chinesa no quarto trimestre.
As previsões de crescimento foram otimizadas em todos os setores. No setor agrícola, por exemplo, a estimativa passou de 13,2% para 14%. A indústria também apresentou um avanço significativo nas projeções, com um aumento estimado de 0,8% para 1,5%. Já os serviços tiveram sua previsão elevada de 1,7% para 2,5%. Vale destacar que as projeções de crescimento para o ano de 2024 permaneceram estáveis em 2,3%.
Guilherme Mello, Secretário de Política Econômica, destacou que as projeções do mercado têm corroborado com as estimativas do Ministério da Fazenda. Ele ressaltou que tanto a análise interna quanto as expectativas do mercado apontam para uma dinâmica econômica favorável no Brasil.
Em relação à inflação, a previsão medida pelo Índice Nacional Amplo de Preços ao Consumidor (IPCA) permanece inalterada. Essa estimativa está acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, os limites inferiores e superiores são, respectivamente, 1,75% e 4,75%. Para o ano de 2024, houve um pequeno aumento da estimativa de 3,3% para 3,4%.
Segundo a SPE, o impacto dos ajustes nos preços dos combustíveis tem sido compensado por quedas nos preços dos alimentos e serviços relacionados ao lar. O aumento na estimativa para 2024 se deve a ajustes nas estimativas do câmbio e dos preços das commodities.
A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para determinar o salário mínimo e ajustar as aposentadorias, é de uma variação de 4,36% este ano. Esse número é ligeiramente menor em relação à previsão anterior do boletim.
Já o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve sua previsão alterada de uma deflação de 2,06% para uma deflação de 3%.
Apesar da desaceleração econômica esperada para 2024, a SPE destaca que as estimativas indicam melhora para o próximo ano. Mesmo com o baixo desemprego, as pressões inflacionárias estão diminuindo. O setor agrícola, que tem sido um dos principais impulsionadores do crescimento econômico em 2023, deve desacelerar devido ao impacto da safra recorde deste ano e às previsões de anomalias climáticas. Por outro lado, espera-se uma perspectiva mais otimista para a indústria e os serviços em 2024, impulsionados por taxas de juros mais baixas, políticas de apoio à renegociação de dívidas e programas de estímulo ao investimento.
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No Boletim Macroeconômico publicado na segunda-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, foi anunciada uma revisão para cima das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Anteriormente estimado em 2,5%, o crescimento agora é esperado atingir 3,2%. Essa melhora nas expectativas se deve a alguns fatores, incluindo o aumento de 0,9% no PIB do segundo trimestre, impulsionado pelo crescimento agrícola. Além disso, há perspectivas positivas para o terceiro trimestre e uma possível recuperação da economia chinesa no quarto trimestre. |
As previsões de crescimento foram otimizadas em todos os setores. No setor agrícola, por exemplo, a estimativa passou de 13,2% para 14%. A indústria também apresentou um avanço significativo nas projeções, com um aumento estimado de 0,8% para 1,5%. Já os serviços tiveram sua previsão elevada de 1,7% para 2,5%. Vale destacar que as projeções de crescimento para o ano de 2024 permaneceram estáveis em 2,3%. |
Guilherme Mello, Secretário de Política Econômica, destacou que as projeções do mercado têm corroborado com as estimativas do Ministério da Fazenda. Ele ressaltou que tanto a análise interna quanto as expectativas do mercado apontam para uma dinâmica econômica favorável no Brasil. |
Em relação à inflação, a previsão medida pelo Índice Nacional Amplo de Preços ao Consumidor (IPCA) permanece inalterada. Essa estimativa está acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. Ou seja, os limites inferiores e superiores são, respectivamente, 1,75% e 4,75%. Para o ano de 2024, houve um pequeno aumento da estimativa de 3,3% para 3,4%. |
Segundo a SPE, o impacto dos ajustes nos preços dos combustíveis tem sido compensado por quedas nos preços dos alimentos e serviços relacionados ao lar. O aumento na estimativa para 2024 se deve a ajustes nas estimativas do câmbio e dos preços das commodities. |
A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), utilizado para determinar o salário mínimo e ajustar as aposentadorias, é de uma variação de 4,36% este ano. Esse número é ligeiramente menor em relação à previsão anterior do boletim. |
Já o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve sua previsão alterada de uma deflação de 2,06% para uma deflação de 3%. |
Apesar da desaceleração econômica esperada para 2024, a SPE destaca que as estimativas indicam melhora para o próximo ano. Mesmo com o baixo desemprego, as pressões inflacionárias estão diminuindo. O setor agrícola, que tem sido um dos principais impulsionadores do crescimento econômico em 2023, deve desacelerar devido ao impacto da safra recorde deste ano e às previsões de anomalias climáticas. Por outro lado, espera-se uma perspectiva mais otimista para a indústria e os serviços em 2024, impulsionados por taxas de juros mais baixas, políticas de apoio à renegociação de dívidas e programas de estímulo ao investimento. |
Com informações do site agenciabrasil.ebc.com.br.