Ex-presidente guatemalteco Otto Pérez Molina é libertado da prisão mediante pagamento de fiança
O ex-presidente guatemalteco Otto Pérez Molina foi libertado da prisão pela primeira vez desde sua renúncia e prisão em 2015. Essa notícia foi divulgada na cidade da Guatemala. De acordo com seu advogado, ele pagou uma fiança no valor de mais de 10,3 milhões de quetzales (equivalente a 1,3 milhão de dólares). Pérez Molina havia sido sentenciado a 16 anos de prisão em dezembro de 2022 por participar do esquema de subornos conhecido como “La Línea”. No entanto, ele apelou da decisão e aguarda uma nova análise do caso.
Agora você pode estar se perguntando por que ele foi libertado mesmo após ter sido condenado. A resposta é que a fiança concedida permitiu que o ex-presidente aguardasse a análise de sua apelação em liberdade. No entanto, existem algumas restrições impostas a ele: ele não pode deixar a Guatemala e precisa se apresentar aos promotores a cada 30 dias.
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que Pérez Molina enfrenta acusações e condenações por corrupção. Em setembro, ele também foi sentenciado a oito anos de prisão após admitir culpa em acusações relacionadas à fraude, lavagem de dinheiro e suborno durante seu mandato presidencial. No entanto, essa sentença pôde ser comutada mediante pagamento.
Tanto Pérez Molina quanto sua vice-presidente Roxana Baldetti estão envolvidos no escândalo conhecido como “La Línea”, um sistema de subornos aduaneiros onde empresas evitavam tarifas em troca de pagamentos ilegais. Cerca de 30 pessoas foram acusadas nesse caso, incluindo funcionários aduaneiros e empresários. Estima-se que tenham ocorrido aproximadamente 1 milhão de dólares em subornos e causado uma perda governamental estimada em 2 milhões de dólares.
Essas condenações representaram um momento marcante na luta contra a corrupção sistêmica na Guatemala, com o apoio da Comissão Internacional Contra Impunidade (CICIG), respaldada pelas Nações Unidas. Porém, Jimmy Morales, ex-presidente do país, posteriormente expulsou a CICIG, enfraquecendo os esforços colaborativos realizados nos últimos anos pelos promotores guatemaltecos anticorrupção.
Com o novo presidente eleito Bernardo Arévalo assumindo o cargo em breve, espera-se que haja uma retomada dos esforços para combater a corrupção no país. Arévalo prometeu trazer muitos promotores e juízes anticorrupção que foram forçados a deixar o país.
Em resumo, Otto Pérez Molina foi libertado da prisão mediante o pagamento de uma fiança enquanto aguarda uma nova análise do seu processo judicial por participação no esquema de subornos “La Línea”. Apesar disso, várias acusações anteriores relacionadas à corrupção já resultaram em condenações contra ele. A luta contra a corrupção na Guatemala tem enfrentado desafios desde a expulsão da CICIG pelo ex-presidente Jimmy Morales, mas há esperanças por mudanças positivas no futuro próximo com o novo mandato presidencial iniciando-se em janeiro.
Notícia | Resumo |
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Ex-presidente guatemalteco Otto Pérez Molina é libertado da prisão | Após pagar fiança de mais de 10,3 milhões de quetzales, Pérez Molina aguarda nova análise do caso “La Línea” |
Condenações anteriores por corrupção | Pérez Molina já foi sentenciado a 16 anos de prisão e a oito anos de prisão em casos relacionados à fraude e suborno |
Escândalo “La Línea” | Sistema de subornos aduaneiros envolvendo Pérez Molina e sua vice-presidente Roxana Baldetti causou perdas governamentais estimadas em 2 milhões de dólares |
Luta contra a corrupção na Guatemala | Expulsão da Comissão Internacional Contra Impunidade enfraqueceu os esforços anticorrupção, mas espera-se mudanças com o novo presidente eleito |
Com informações do site Reuters.