Líder da NRA admite uso indevido de fundos e comparece a tribunal em Nova York
O líder de longa trajetória da National Rifle Association (NRA), Wayne LaPierre, compareceu ao tribunal na cidade de Nova York na sexta-feira para testemunhar sobre o uso indevido de fundos da organização. Ele admitiu ter usado dinheiro da NRA para suas despesas pessoais, como viagens de jato particular, férias luxuosas, carros de luxo e presentes extravagantes. LaPierre está enfrentando uma ação movida pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que alega que ele e outros funcionários da NRA violaram as leis sem fins lucrativos, desviando milhões de dólares para benefício próprio.
Durante seu depoimento, LaPierre respondeu principalmente com respostas curtas “sim” ou “não”. Ele já havia anunciado sua intenção de renunciar ao cargo de vice-presidente executivo da NRA por motivos de saúde. Ele ocupou essa posição de liderança por mais de 30 anos.
LaPierre admite uso indevido de fundos da NRA
LaPierre admitiu que não estava ciente das grandes quantias gastas em voos charter em jatos particulares e serviços automotivos luxuosos pela NRA. No entanto, quando lhe foram apresentadas faturas e recibos, ele não contestou os valores. Por exemplo, ele reconheceu que mais de US$ 22.000 foram usados para financiar um voo das Bahamas para Washington D.C. em 2017. Ele também admitiu que as regras da NRA exigem que os funcionários voem em classe econômica.
Além disso, LaPierre autorizou membros de sua família a viajar em aviões particulares sem sua presença. Por exemplo, ele aprovou um voo no valor de US$ 11.000 realizado por sua sobrinha Colleen Sterner, que é funcionária da NRA e também sua filha. Além disso, LaPierre e sua família desfrutaram viagens em um iate luxuoso pertencente a David McKenzie, um produtor televisivo com contrato com a NRA. Essas viagens incluíram férias nas Bahamas e viagens para a Índia e Abu Dhabi.
LaPierre admitiu que essas viagens não foram aprovadas pelo conselho diretor da NRA. Ele também confirmou que não revelou suas conexões financeiras com uma “entidade não relacionada à NRA” nos formulários financeiros apresentados anteriormente.
Promotoria apresenta evidências de presentes comprados por LaPierre
A evidência apresentada pelo promotor adjunto Jonathan Conley inclui solicitações de reembolso mostrando presentes comprados por LaPierre ao longo dos anos para amigos e conhecidos. Entre esses presentes estavam candelabros caros da Bergdorf Goodman para a filha do produtor David McKenzie. Também foi demonstrado que LaPierre solicitou reembolsos por presentes adquiridos na Neiman Marcus, gorjetas natalinas para jardineiros em sua residência, taxas associativas para um clube de golfe em Washington D.C., além das hospedagens luxuosas pagas por Sterner; incluindo uma estadia no Beverly Hills Hotel em 2017 no valor de mais de US$ 6.000.
LaPierre discute processo de falência da NRA
Durante seu depoimento, LaPierre ofereceu respostas breves às perguntas feitas pelos advogados do caso. No entanto, ele se mostrou mais entusiasmado ao discutir o motivo pelo qual iniciou o processo de falência da NRA. Segundo ele, essa medida foi tomada não para evitar o escrutínio regulatório do estado de Nova York, mas sim para proteger a organização contra dissolução enquanto busca posições favoráveis no Texas onde as regulamentações são mais favoráveis.
Outros réus e possíveis compensações
Além de LaPierre, outros réus nesta ação incluem Wilson “Woody” Phillips – ex-tesoureiro e diretor financeiro da NRA – bem como John Frazer – secretário corporativo e consultor geral do órgão. A acusação argumenta violações das leis sem fins lucrativos e das políticas internas resultando em perdas superiores a US$ 64 milhões ao longo dos últimos três anos.
Caso considerados culpados pelo júri, recomendações serão feitas quanto aos valores que cada réu deverá pagar como compensação à NRA. O juiz Joel Cohen do Tribunal Supremo Estadual tem autoridade final sobre os danos monetários e decisões relacionadas a isso.
Líder da NRA admite uso indevido de fundos |
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Wayne LaPierre, líder da NRA, compareceu ao tribunal em Nova York para testemunhar sobre o uso indevido de fundos da organização. |
LaPierre admitiu ter usado dinheiro da NRA para despesas pessoais, como viagens de jato particular, férias luxuosas, carros de luxo e presentes extravagantes. |
Ele está enfrentando uma ação movida pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, por violação das leis sem fins lucrativos. |
LaPierre já anunciou sua intenção de renunciar ao cargo de vice-presidente executivo da NRA por motivos de saúde. |
Ele ocupou essa posição de liderança por mais de 30 anos. |
A acusação alega que LaPierre e outros funcionários da NRA desviaram milhões de dólares para benefício próprio. |
LaPierre admitiu que não estava ciente das grandes quantias gastas em voos charter em jatos particulares e serviços automotivos luxuosos pela NRA. |
Ele também autorizou membros de sua família a viajar em aviões particulares sem sua presença. |
LaPierre admitiu que essas viagens não foram aprovadas pelo conselho diretor da NRA. |
A evidência apresentada inclui solicitações de reembolso mostrando presentes comprados por LaPierre para amigos e conhecidos. |
LaPierre também solicitou reembolsos por presentes adquiridos em lojas de luxo e taxas associativas para um clube de golfe. |
Ele ofereceu respostas breves durante seu depoimento, mas se mostrou mais entusiasmado ao discutir o processo de falência da NRA. |
Outros réus nesta ação incluem ex-tesoureiro e diretor financeiro da NRA, bem como o secretário corporativo e consultor geral do órgão. |
A acusação argumenta violações das leis sem fins lucrativos e das políticas internas, resultando em perdas superiores a US$ 64 milhões. |
O juiz terá autoridade final sobre os danos monetários e decisões relacionadas. |
Com informações do site NRA (National Rifle Association).