Noaa confirma chegada do El Niño e alerta para recordes de temperatura
No dia 8 de junho deste ano, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) anunciou oficialmente a chegada do El Niño, um fenômeno climático natural que pode resultar em novos recordes de temperatura em determinadas áreas.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou hoje um comunicado confirmando que há 90% de probabilidade de o El Niño persistir durante a segunda metade de 2023. Os cientistas da OMM esperam que a intensidade do fenômeno seja pelo menos moderada, porém seus efeitos nas temperaturas globais tendem a ser mais perceptíveis cerca de um ano após o seu desenvolvimento, provavelmente em 2024.
De acordo com Petteri Taalas, Secretário-Geral da OMM, a chegada do El Niño aumentará significativamente as chances de superar os recordes de temperatura e poderá causar calor extremo em várias regiões do mundo e oceanos. Portanto, é fundamental que os governos ao redor do mundo se preparem para limitar seus impactos na saúde, nos ecossistemas e nas economias. Taalas ressalta a importância dos sistemas de alerta precoce e das medidas para antecipar eventos climáticos extremos relacionados ao El Niño, visando salvar vidas e garantir meios de subsistência.
Vale destacar que o El Niño ocorre em média a cada dois a sete anos e costuma durar entre nove e 12 meses. É um fenômeno associado ao aumento das temperaturas superficiais no Pacífico tropical central e oriental. No entanto, é importante ressaltar que o episódio atual está ocorrendo em um clima alterado pela atividade humana, conforme enfatiza a OMM.
Historicamente, o El Niño está relacionado ao aumento das precipitações no sul da América Latina, sul dos Estados Unidos, Chifre da África e Ásia Central. Por outro lado, pode causar secas severas na Austrália, Indonésia, partes do sul da Ásia e América Central. Além disso, as águas quentes provenientes do fenômeno alimentam furacões no Pacífico central e oriental e inibem sua formação na bacia do Atlântico.
Diante desses fatos, é fundamental que os países estejam preparados para lidar com as possíveis consequências do El Niño nas próximas datas e a necessidade de adotar medidas preventivas para minimizar seus impactos. A colaboração entre governos e instituições meteorológicas é essencial para garantir a segurança das comunidades afetadas por eventos climáticos extremos. A ciência e a previsão são ferramentas indispensáveis para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas globais.
Data | Informação |
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8 de junho de 2023 | Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) anuncia oficialmente a chegada do El Niño |
Segunda metade de 2023 | Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirma 90% de probabilidade de persistência do El Niño |
2024 | Efeitos do El Niño nas temperaturas globais tendem a ser mais perceptíveis |
De dois a sete anos | Frequência média do El Niño |
Nove a 12 meses | Duração média do El Niño |
Associação com aumento das temperaturas superficiais no Pacífico tropical central e oriental | Característica do El Niño |
Aumento das precipitações no sul da América Latina, sul dos Estados Unidos, Chifre da África e Ásia Central | Efeito do El Niño |
Secas severas na Austrália, Indonésia, partes do sul da Ásia e América Central | Efeito do El Niño |
Alimentação de furacões no Pacífico central e oriental e inibição de sua formação na bacia do Atlântico | Efeito do El Niño |
Necessidade de adotar medidas preventivas para minimizar impactos | Recomendação diante das consequências do El Niño |
Colaboração entre governos e instituições meteorológicas é essencial | Importância da cooperação para enfrentar eventos climáticos extremos |
Com informações do site SAPO Lifestyle.