No último dia 4 de maio, o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas (ONU) divulgou o relatório “Perspectivas e estado da economia mundial em 2024”.
O documento traz análises e projeções para diversos países, incluindo o Egito, que terá um aumento estimado de 3,4% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. No entanto, essa taxa de crescimento é inferior aos 4,2% previstos anteriormente para 2023.
De acordo com o relatório, o Egito enfrentou desafios como a inflação alimentar e a desvalorização da moeda, que impactaram sua expansão econômica no ano passado. Para 2024, há a perspectiva de uma “severa restrição” no balanço de pagamentos egípcio e pressões fiscais contínuas.
A previsão geral para o Norte da África é um aumento de 1,8% em 2023, seguido por 3,1% em 2024 e 4,1% em 2025. Já na África como um todo, espera-se um crescimento de 3,5% este ano, ligeiramente superior ao registrado em 2023 (3,3%).
O relatório destaca que esse crescimento moderado na África se deve às expectativas de estabilização nos preços das commodities-chave e às limitações no financiamento externo e refinanciamento para os países do continente. Além disso, ressalta-se a necessidade de desenvolvimento da Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA), acordo que visa promover o comércio dentro do continente. Enquanto a Europa continua sendo o principal comprador dos produtos africanos, a Ásia atua como maior fornecedor externo.
Em relação aos demais países árabes analisados, as projeções são variadas. Espera-se uma variação negativa de -2.7% para a Argélia; -7.6% para a Líbia; -6.7% para a Mauritânia; -2.9% para o Marrocos; -10.5% para o Sudão; -1.8% para a Tunísia; -3.3% para a Somália; -5% para Djibouti; -3.6% para as Comores; -2.9% para o Bahrein; -2.5% para o Iraque; -3.3% para o Kuwait. O Catar terá uma taxa negativa em seu crescimento (-2.2%), assim como Arábia Saudita (-3.2%), Emirados Árabes Unidos (-3 .7%), Iêmen (-3 .9%), Jordânia (-2 .3%), Líbano (-2 .7%) e Síria (-3 .9%). Já para o Brasil as expectativas são positivas com uma taxa estimada de crescimento de 1 .6% este ano.
Diante dessas informações, pode-se concluir que as previsões para a economia global em 2024 indicam um cenário misto para os países árabes e africanos analisados nesse relatório da ONU. Enquanto alguns países enfrentam desafios econômicos consideráveis, outros apresentam perspectivas mais otimistas de crescimento nos próximos anos.
| País | Taxa de Crescimento do PIB em 2024 | Desafios Econômicos |
|---|---|---|
| Egito | 3,4% | Inflação alimentar, desvalorização da moeda, “severa restrição” no balanço de pagamentos e pressões fiscais |
| África (geral) | 3,5% | Expectativas de estabilização nos preços das commodities-chave e limitações no financiamento externo e refinanciamento |
| Argélia | -2,7% | |
| Líbia | -7,6% | |
| Mauritânia | -6,7% | |
| Marrocos | -2,9% | |
| Sudão | -10,5% | |
| Tunísia | -1,8% | |
| Somália | -3,3% | |
| Djibouti | -5% | |
| Comores | -3,6% | |
| Bahrein | -2,9% | |
| Iraque | -2,5% | |
| Kuwait | -3,3% | |
| Catar | -2,2% | |
| Arábia Saudita | -3,2% | |
| Emirados Árabes Unidos | -3,7% | |
| Iêmen | -3,9% | |
| Jordânia | -2,3% | |
| Líbano | -2,7% | |
| Síria | -3,9% | |
| Brasil | 1,6% |
Com informações do site Agência de Notícias Brasil-Árabe.
