Despesa corrente em saúde aumentou 6,3% no ano passado
De acordo com os dados disponíveis, estima-se que os gastos atuais com saúde tenham alcançado um valor total de € 25.417,7 milhões. Essa quantia equivale a uma média de € 2.474 por habitante. A proporção desses gastos em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 10,6%, o que significa que o investimento na área da saúde continua sendo maior do que antes da pandemia, quando esse índice era de 9,5% em 2019.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), essa alta nos gastos correntes em saúde se deve principalmente à recuperação contínua dos provedores públicos e privados em áreas não relacionadas à COVID-19 ao longo do ano de 2021. O INE destaca que os efeitos da pandemia ainda se fizeram presentes em 2022, mas com um impacto menor nos gastos correntes quando comparados aos anos anteriores.
É importante ressaltar que os dados publicados neste relatório são finais para o ano de 2020, provisórios para 2021 e preliminares para 2022. Eles foram atualizados levando-se em consideração informações adicionais obtidas até abril de 2023.
Alta recorde nos gastos correntes com saúde em 2021
No ano de 2021, os gastos correntes com saúde registraram um aumento recorde de 13,1%, chegando a €23.915,7 milhões. Isso representa aproximadamente 11,1% do PIB ou €2.324,6 por habitante. Esse crescimento significativo reflete tanto o aumento dos investimentos no combate à pandemia como também a retomada das atividades assistenciais por parte dos provedores públicos e privados.
Uma informação interessante é que, em 2022, os gastos correntes com saúde cresceram nominalmente menos do que o PIB. Essa situação difere do ocorrido no ano anterior, quando os gastos correntes superaram o crescimento econômico. Essa é a primeira vez desde 2017 que isso acontece.
Em relação aos gastos correntes públicos, observou-se uma diminuição para 65,6% em 2021 em comparação a 2020. No entanto, o INE estima um “ligeiro aumento” na importância relativa desses gastos para 2022, mantendo-se acima dos números pré-pandêmicos de 2019.
De acordo com o INE, os gastos correntes públicos aumentaram 6,6% no ano passado, em função do aumento do consumo intermediário em saúde (como testes COVID-19, medicamentos e diagnósticos complementares) e dos custos com pessoal nos provedores públicos de saúde.
Os hospitais públicos apresentaram uma recuperação significativa em relação à atividade assistencial no ano de 2021, superando inclusive os níveis de atendimento de 2019. Isso se refletiu principalmente nas consultas médicas e nas cirurgias realizadas.
Os gastos associados ao controle da pandemia continuaram presentes em 2022, mas foram menores do que nos anos anteriores. Já os gastos correntes privados aumentaram em 2022 (+5,7%) como resultado da contínua recuperação dos provedores privados de saúde, principalmente hospitais, clínicas e farmácias.
Em relação aos provedores de atendimento ambulatorial, os gastos dos provedores públicos tiveram um aumento significativo de 30,4% em 2021. Isso contribuiu para o aumento do consumo intermediário necessário para o processo de vacinação, como vacinas, agulhas e seringas.
Por sua vez, os provedores privados de atendimento ambulatorial também registraram um aumento expressivo de 20,3%, resultado da prestação de serviços em consultórios médicos, dentários e clínicas com diversas especialidades.
Os hospitais privados também tiveram um crescimento considerável de 16,7% em relação à sua atividade assistencial. Além disso, foi observado um notável aumento de 40,2% nos gastos dos provedores de atendimento domiciliar.
Em suma, os dados indicam que houve um aumento expressivo nos gastos correntes com saúde nos últimos anos. Ao longo do período da pandemia, foram necessários investimentos significativos para o combate.
Ano | Gastos Correntes com Saúde (em milhões de euros) | Proporção em relação ao PIB |
---|---|---|
2020 | 25.417,7 | 10,6% |
2021 | 23.915,7 | 11,1% |
2022 | — | — |
Os gastos correntes com saúde atingiram € 25.417,7 milhões em 2020, representando 10,6% do PIB. Em 2021, esses gastos diminuíram para € 23.915,7 milhões, mas a proporção em relação ao PIB aumentou para 11,1%. Não há dados disponíveis para 2022. Com informações do site SAPO Lifestyle.