Consolidação da cadeia da eólica offshore pode impulsionar economia, diz CNI
Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que a consolidação da cadeia produtiva da energia eólica offshore pode impulsionar a economia brasileira. De acordo com a pesquisa, essa indústria tem o potencial de promover a reindustrialização do país e fornecer uma fonte limpa e renovável de energia.
O estudo destaca que já existem áreas viáveis para a instalação de parques eólicos ao longo da costa nordeste, entre Piauí e Rio Grande do Norte, e entre Rio de Janeiro e Espírito Santo, regiões do sudeste. Além disso, a Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, também apresenta potencial para geração de energia marinha. Vale ressaltar que o Brasil possui experiência em cadeias de suprimentos maduras nas áreas de energia eólica terrestre, petróleo e gás.
Um dado interessante revelado pelo estudo é que o investimento global em geração de energia marinha pode chegar a US$ 1 trilhão até 2030, com um crescimento esperado de 260 GW em capacidade instalada. No contexto brasileiro, até agosto deste ano foram apresentados 78 pedidos de licença para parques eólicos marinhos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), totalizando uma capacidade potencial de 189 GW. Essa capacidade é quase igual à dos projetos conectados ao Sistema Interligado Nacional.
Para que o Brasil ocupe uma posição de destaque no cenário global, é fundamental estabelecer um marco regulatório claro e previsível. Nesse sentido, a aprovação de um projeto de lei que regulamente aspectos como alocação de áreas, tarifas e critérios de leilão é essencial. Além disso, a indústria brasileira poderia explorar a produção de hidrogênio com baixo teor de carbono utilizando fontes renováveis de energia, o que beneficiaria setores como o aço verde, refinarias, produção de metanol e fertilizantes.
É importante ressaltar que o mercado consumidor para a energia eólica marinha no Brasil ainda está em desenvolvimento e levará alguns anos para se consolidar. No entanto, é crucial começar a planejar infraestruturas e estabelecer acordos visando posicionar o país como um fornecedor nesse setor.
Em suma, o estudo da CNI indica que a geração de energia eólica marinha no Brasil pode impulsionar a economia, promover a reindustrialização e fornecer uma fonte limpa e renovável de energia. Para isso, é necessário investir em um marco regulatório adequado e explorar novas tecnologias, como a produção de hidrogênio com baixo teor de carbono.
Relatório: Oportunidades e Desafios da Energia Eólica Marinha no Brasil |
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Estudo divulgado pela CNI destaca: |
– Potencial de impulsionar a economia e promover a reindustrialização |
– Fonte limpa e renovável de energia |
Áreas viáveis para instalação de parques eólicos: |
– Nordeste (entre Piauí e Rio Grande do Norte) |
– Sudeste (entre Rio de Janeiro e Espírito Santo) |
– Lagoa dos Patos, Rio Grande do Sul |
Investimento global em geração marinha até 2030: |
– US$ 1 trilhão |
– Crescimento esperado de 260 GW em capacidade instalada |
Pedidos de licença para parques eólicos marinhos no Brasil: |
– 78 pedidos até agosto de 2021 |
– Capacidade potencial de 189 GW |
Desafios para o Brasil: |
– Estabelecer um marco regulatório claro e previsível |
– Explorar a produção de hidrogênio com baixo teor de carbono |
Mercado consumidor em desenvolvimento |
– Planejamento de infraestruturas e estabelecimento de acordos necessários |
Com informações do site CanalEnergia.