Empréstimos chineses mudam de foco de infraestrutura para resgates financeiros, diz relatório
De acordo com um relatório inédito divulgado pela AidData, as instituições financeiras chinesas têm desempenhado um papel crucial no financiamento de países em desenvolvimento ao redor do mundo. Entre os anos 2000 e 2021, essas instituições forneceram uma impressionante soma de US$ 1,34 trilhão em empréstimos para nações em desenvolvimento. No entanto, o foco desse financiamento tem passado por uma evolução significativa nesse período de tempo.
Anteriormente concentrada em projetos de infraestrutura, a China tem direcionado grande parte desses empréstimos para resgates financeiros recentemente. Em 2016, foram atingidos os compromissos de empréstimo mais altos já registrados, totalizando quase US$ 136 bilhões. No entanto, mesmo após essa queda acentuada, a China ainda se comprometeu com cerca de US$ 80 bilhões em empréstimos e doações apenas no ano de 2021. Esses dados abrangentes abrangem aproximadamente 21.000 projetos realizados em 165 países de baixa e média renda.
Embora o financiamento externo chinês tenha sido bem recebido pelos países beneficiados, especialmente os em desenvolvimento, ele também tem enfrentado críticas tanto do Ocidente quanto dos próprios receptores desses recursos. Alguns críticos argumentam que os projetos de infraestrutura financiados pela China têm levado essas nações a uma dívida insustentável. Nesse contexto, vale ressaltar que as fontes e prioridades desse financiamento têm se modificado com o passar do tempo.
Em 2013, o presidente chinês Xi Jinping lançou a Iniciativa do Cinturão e Rota, com o objetivo de desenvolver a infraestrutura de países em desenvolvimento ao redor do mundo. Em uma primeira instância, os bancos estatais chineses eram responsáveis por mais da metade dos empréstimos concedidos. No entanto, sua participação gradualmente diminuiu para apenas 22% em 2021.
Atualmente, as principais instituições por trás desses empréstimos são o Banco Popular da China e a Administração Estatal de Divisas Estrangeiras (SAFE), que se concentram principalmente no financiamento de resgates financeiros. O relatório da AidData descreve Pequim como assumindo um papel sem precedentes como o maior credor bilateral.
| Resumo da Notícia |
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| As instituições financeiras chinesas forneceram US$ 1,34 trilhão em empréstimos para países em desenvolvimento entre 2000 e 2021. |
| A China tem direcionado grande parte desses empréstimos para resgates financeiros recentemente. |
| A China ainda se comprometeu com cerca de US$ 80 bilhões em empréstimos e doações apenas no ano de 2021. |
| O financiamento externo chinês tem enfrentado críticas por levar países a uma dívida insustentável. |
| A participação dos bancos estatais chineses nos empréstimos concedidos diminuiu para 22% em 2021. |
| O Banco Popular da China e a Administração Estatal de Divisas Estrangeiras são as principais instituições por trás dos empréstimos. |
Com informações do site Financial Times.
