No ano de 2023, Bolsa de Valores fecha com alta de 22% e moeda brasileira tem queda em relação ao dólar
No ano de 2023, a Bolsa de Valores fechou o último pregão com 134 mil pontos, acumulando uma alta de 22% no ano.
De acordo com um relatório divulgado, a variação da moeda brasileira em relação ao dólar teve uma queda de 8,10% no ano. Essa queda pode ser atribuída, em grande parte, ao alívio das preocupações fiscais internas e à diferença nas taxas de juros entre o Brasil e os Estados Unidos. Além disso, a colheita agrícola abundante no primeiro semestre também influenciou as transações.
Ao longo de 2023, foi observada uma melhora fiscal no mercado. Apesar das incertezas em relação às finanças públicas, a equipe econômica tem feito esforços para aumentar as receitas e atingir a meta de déficit primário zero até 2024. Essas melhorias explicam a considerável desvalorização do dólar durante o ano.
Medidas anunciadas pelo governo visam combater o déficit fiscal e estimular a recuperação econômica
Em relação às medidas anunciadas pelo governo federal, o Ministro da Economia, Fernando Haddad (PT), divulgou que será enviada ao Congresso uma medida provisória estabelecendo a reoneração gradual da folha de pagamento para setores que atualmente são isentos desse pagamento. Essas medidas fazem parte do esforço do governo para eliminar o déficit fiscal até 2024. Além disso, foi anunciado um limite anual sobre as compensações fiscais para decisões judiciais que determinem créditos superiores a R$ 10 milhões. O governo também informou sobre o fim gradual do Programa Emergencial de Suporte ao Emprego (Perse), criado durante a pandemia de Covid-19 para proteger setores como eventos, hotéis e restaurantes.
Inflação registra aumento em dezembro, mas encerra dentro da meta oficial
No que diz respeito à inflação, registrou-se um aumento significativo em dezembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), uma prévia do indicador utilizado como referência para as metas inflacionárias, apresentou um acréscimo de 0,40% no mês. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelo crescimento considerável nas tarifas aéreas. No acumulado do ano, o índice encerrou com um aumento de 4,72%, dentro da faixa aceitável da meta oficial de inflação.
Diante desses dados, é possível concluir que a variação da moeda brasileira em relação ao dólar está ligada a fatores internos e externos, como preocupações fiscais e diferenças nas taxas de juros entre os países. As medidas adotadas pelo governo visam combater o déficit fiscal e estimular a recuperação econômica. Por fim, observa-se também o impacto do aumento nos preços no país, principalmente relacionado às tarifas aéreas.
Variação da moeda brasileira | Medidas do governo | Inflação prévia |
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-8,10% de queda na variação anual do dólar em relação ao real | Reoneração gradual da folha de pagamento para setores isentos, limite anual sobre compensações fiscais e fim gradual do Programa Emergencial de Suporte ao Emprego | Aumento de 0,40% no IPCA-15 em dezembro, impulsionado pelas tarifas aéreas |
Alívio das preocupações fiscais internas e diferenças nas taxas de juros entre Brasil e EUA influenciaram a queda | Esforços para aumentar receitas e atingir meta de déficit primário zero até 2024 | IPCA-15 encerrou o ano com aumento de 4,72%, dentro da meta oficial de inflação |
Colheita agrícola abundante no primeiro semestre também influenciou | Medidas visam eliminar déficit fiscal e estimular recuperação econômica |
Com informações do site UOL Economia.