BC do Brasil “tem feito um trabalho notável”, diz Goldman Sachs
O Banco Central do Brasil recebeu elogios do Goldman Sachs por seu trabalho na estabilização econômica e controle da inflação, segundo o especialista em macroeconomia Alberto Ramos.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, Ramos destacou que o BC brasileiro alcançou um “pouso suave” da economia, evitando uma recessão. Ele defendeu a decisão de manter a taxa Selic alta por mais tempo para garantir a convergência inflacionária gradual.
“Uma redução brusca das taxas de juros poderia levar a uma recessão e impactos negativos no mercado de trabalho e na sociedade”, afirmou Ramos.
Ele considera a decisão do Banco Central de adotar uma política monetária restritiva e garantir a convergência inflacionária em 18 meses como “muito razoável”.
O especialista também ressaltou que as críticas contra o BC são infundadas e que uma restrição monetária superior a 20% seria necessária para trazer a inflação de volta à meta rapidamente.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deve se reunir em breve para decidir sobre os rumos da taxa básica de juros.
A expectativa é de um corte de 0,25 pontos percentuais para a Selic, deixando-a em 13,5% ao ano.
Segundo o Goldman Sachs, uma redução nas taxas de juros pode ocorrer a partir de agosto.
Ramos acredita que o BC iniciará esse processo com um corte de 25 pontos-base, mas também há possibilidade de um corte de 50 pontos-base. No entanto, ele considera mais provável um corte de 25 pontos, devido à ênfase do BC na paciência e no cuidado com o processo gradual.
Ramos comparou a política monetária brasileira com a de outros países da América Latina, afirmando que há espaço para taxas mais baixas no Brasil.
Ele destaca que as taxas neutras nesses países são significativamente inferiores, considerando tanto a taxa Selic quanto a taxa neutra ajustada pela inflação.
Em resumo, Alberto Ramos elogiou o trabalho do Banco Central do Brasil, defendeu a opção de manter a taxa Selic alta por mais tempo e fez previsões sobre possíveis cortes nas taxas de juros no futuro próximo.
Resumo da Notícia |
---|
Um renomado especialista em macroeconomia do Goldman Sachs, Alberto Ramos, elogiou o Banco Central do Brasil por seu “trabalho notável” na estabilidade econômica e controle da inflação. |
Ramos defendeu a decisão de manter a taxa Selic alta por mais tempo para garantir a convergência inflacionária gradual. |
O especialista destacou que uma redução brusca das taxas de juros poderia levar a uma restrição monetária monumental, resultando em recessão. |
O Comitê de Política Monetária (Copom) deve se reunir em breve para decidir sobre os rumos da taxa básica de juros, com expectativa de corte de 0,25 pontos percentuais. |
Ramos prevê uma redução nas taxas de juros a partir de agosto deste ano, com possibilidade de um corte de 25 ou 50 pontos-base. |
O especialista comparou a política monetária brasileira com a de outros países da América Latina, ressaltando que há espaço para taxas mais baixas no Brasil. |
Com informações do site Poder360.