Escândalo de uso indevido de obras de artistas por inteligência artificial ganha repercussão mundial
Um recente escândalo envolvendo o uso indevido de obras de artistas por inteligência artificial ganhou repercussão mundial. No centro da polêmica está uma lista divulgada pelo artista Jon Lam, que expõe o nome de mais de 4.700 criadores cujo trabalho foi utilizado para treinar um popular gerador de arte baseado em IA.
A lista se tornou viral na semana passada e se transformou em prova em uma ação judicial movida contra Midjourney, Stability AI, DeviantArt e Runway AI. As empresas são acusadas de utilizar ilegalmente obras com direitos autorais para aprimorar seus sistemas baseados em IA. O fato é particularmente preocupante no caso da Midjourney, um programa muito popular que pode gerar imagens a partir de instruções de texto, já que muitos artistas afirmam que sua criação foi roubada sem permissão.
Além dessa denúncia no tribunal, usuários das redes sociais compartilharam um link para uma planilha eletrônica com quase 16.000 nomes adicionais de artistas propostos para serem incorporados à Lista de Estilos da Midjourney. Em teoria, esses artistas também tiveram suas obras utilizadas sem autorização pela empresa.
O caso levanta discussões sobre a falta de regulamentação adequada para a arte gerada por inteligência artificial. Nos últimos anos, aplicativos como Lensa e Epik têm permitido aos usuários criar imagens personalizadas com base nas próprias características físicas. No entanto, surge a questão ética de obter ganhos financeiros através dessas imagens produzidas em massa quando os algoritmos apenas imitam estilos inventados por artistas reais.
Artistas se unem contra o uso indevido de suas obras pela inteligência artificial
Em resposta ao incidente, um grupo de artistas mencionados na lista da Midjourney apresentou uma ação coletiva modificada na qual argumentam que a suposta “inteligência artificial” é na verdade construída sobre “inteligência humana e expressão criativa”. Eles afirmam que as obras foram copiadas da internet e agora são vendidas sob nova etiqueta, enquanto os lucros vão diretamente aos réus.
Após o compartilhamento público do documento viral na semana passada, o acesso à planilha eletrônica foi encerrado. Essa medida pode indicar uma tentativa das partes envolvidas em controlar os danos causados pela divulgação dessas informações sensíveis.
A revelação dessa lista ampliou ainda mais as preocupações sobre os limites éticos do uso da inteligência artificial na produção artística. À medida que avançamos rumo ao futuro digital, será fundamental encontrar maneiras justas e respeitosas de incorporar novas tecnologias sem prejudicar os direitos dos artistas originais.
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Notícia | Resumo |
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Escândalo envolvendo uso indevido de obras de artistas por inteligência artificial | Lista divulgada por Jon Lam expõe mais de 4.700 criadores cujo trabalho foi utilizado para treinar um gerador de arte baseado em IA |
Ação judicial contra Midjourney, Stability AI, DeviantArt e Runway AI | Empresas acusadas de utilizar ilegalmente obras com direitos autorais para aprimorar sistemas baseados em IA |
Planilha eletrônica com 16.000 nomes adicionais de artistas compartilhada nas redes sociais | Artistas propõem que suas obras também foram utilizadas sem autorização pela Midjourney |
Falta de regulamentação adequada para a arte gerada por inteligência artificial | Discussões sobre ética e ganhos financeiros através da imitação de estilos inventados por artistas reais |
Artistas apresentam ação coletiva modificada argumentando que a “inteligência artificial” é construída sobre “inteligência humana e expressão criativa” | Obras copiadas da internet e vendidas sob nova etiqueta, com lucros direcionados aos réus |
Acesso à planilha eletrônica encerrado após divulgação pública | Tentativa de controlar os danos causados pela divulgação de informações sensíveis |
Preocupações sobre os limites éticos do uso da inteligência artificial na produção artística | Necessidade de encontrar maneiras justas e respeitosas de incorporar novas tecnologias sem prejudicar os direitos dos artistas originais |
Com informações do site A list going viral.